24 de novembro de 2024 17:41
A denúncia, pelos crimes de abuso de poder, dano e violação do domicílio por funcionário, foi apresentada no Ministério Público contra o Comando Geral da PSP e também contra desconhecidos.
24 de novembro de 2024 17:41
A família de Odair Moniz, assassinado há um mês por um agente da polícia, apresentou quinta-feira queixa à Polícia de Segurança Pública (PSP) por abuso de poder, disse à Lusa um dos advogados de defesa. Trata-se do que a família considera ser a invasão policial a uma casa de luto, poucos dias depois da morte de Odair Moniz, e que, alegam, causou danos psicológicos e materiais.
Precisamente nesse momento, a família aludiu à possibilidade de apresentar queixa à polícia, formalizada na quinta-feira, confirmou à Lusa um dos advogados de defesa, à margem da Assembleia Popular do Bairro, que decorre hoje no Centro Cultural Carnide, no bairro Padre Cruz, em Lisboa, que reuniu duzentos participantes de diversas comunidades.
A denúncia – pelos crimes de abuso de poder, dano e violação do domicílio por funcionário – foi apresentada ao Ministério Público contra o Comando Geral da PSP e também contra desconhecidos, uma vez que a defesa desconhece a identidade do agentes supostamente envolvidos na intervenção.
Odair Moniz, residente no bairro do Zambujal, na Amadora, foi morto a tiro por um agente da PSP na Cova da Moura, também no mesmo concelho, provocando incidentes em vários concelhos da área metropolitana de Lisboa, com autocarros, automóveis, motocicletas e caixas de lixo, o que levou à prisão de duas dezenas de pessoas e a pelo menos seis feridos, um dos quais gravemente ferido (um motorista de ônibus).
Odair Moniz, cidadão cabo-verdiano de 43 anos, foi baleado na madrugada do dia 21 de outubro. Segundo a versão oficial da PSP, “escapou” de carro depois de avistar uma viatura policial e perdeu-se na Cova da Moura, onde, ao ser abordado pelos agentes, “resistiu à prisão e tentou agredi-los com um emprego com um faca.”
Fuente
Endless Thinker