Estado de emergência para permitir que o governo envie mais dinheiro e pessoas para ajudar a controlar incêndios, disse o ministro.
O Equador declarou estado de emergência por 60 dias, uma vez que o país sul-americano foi atingido por uma grave seca e incêndios florestais recordes que devastaram grandes áreas do território nas últimas semanas.
A Secretaria de Gestão de Riscos do Equador (SNGR), o órgão de gestão de emergências do país, disse em comunicado na segunda-feira que o estado de emergência foi declarado “devido a incêndios florestais, déficit hídrico e seca”.
“O país inteiro está sofrendo os estragos desta grande seca que já dura quase 120 dias”, disse o secretário de Gestão de Riscos, Jorge Carrillo, à rádio local FM Mundo.
Ele disse que é crucial usar apoio aéreo para combater incêndios florestais, pois as áreas são acidentadas e, em alguns casos, os bombeiros levam três horas para chegar às chamas por terra.
O estado de emergência permitirá ao governo mobilizar fundos e enviar mais pessoas para ajudar no combate aos incêndios, disse também na segunda-feira a ministra do Ambiente, Inés Manzano.
As autoridades combatem 13 incêndios florestais activos, que afectaram principalmente as províncias de Azuay e Loja, no sul do Equador. Nove outros incêndios foram recentemente controlados, de acordo com uma atualização do gabinete de comunicações do governo.
Os incêndios nas duas províncias afetaram cerca de 10.200 hectares (25.204 acres) de florestas e terras.
Em Setembro, um grave incêndio florestal ameaçou a capital do país, Quito, cobrindo-a de fumo e cinzas. Mais de 2.000 bombeiros, socorristas e militares foram chamados para evacuar os moradores e combater o incêndio.
O Equador atravessa a pior seca dos últimos 60 anos, o que afetou os níveis de água nas barragens hidroelétricas, fonte de mais de 70% da energia do país.
Desde Outubro, o governo teve de impor cortes diários de energia até 14 horas por dia, ao mesmo tempo que instava os seus 17 milhões de residentes a pouparem energia.
De acordo com o Sistema Global de Informação sobre Incêndios Florestais (GWIS)que monitora incêndios florestais em todo o mundo, espera-se que a previsão do perigo de incêndios florestais no Equador aumente de alto a extremo nas províncias afetadas.
Incêndios sem precedentes também eclodiram noutros países da América do Sul, incluindo Brasil, Colômbia, Venezuela, Bolívia e Peru, uma vez que a região foi atingida por uma seca severa.
A agência espacial americana NASA informou que colunas de fumaça Diversas áreas da região puderam ser vistas do espaço entre julho e outubro em decorrência dos incêndios, enquanto os rios da bacia amazônica desciam para níveis recordes mês passado.
A seca, que tem piorado continuamente desde o segundo semestre de 2023, tem sido associada ao fenómeno meteorológico El Niño e às alterações climáticas.
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