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“Nada a pagar até ao final do ano”? O governo arrisca um novo fracasso no apoio a janelas e painéis solares

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Desde que iniciou o processamento dos pagamentos da segunda edição do Programa de Apoio à Edificação Mais Sustentável (PAE+S), o O Fundo Ambiente aprovou reembolsos num total de 16,8 milhões de euros, resultantes de 10.929 candidaturas que considerou elegíveisde acordo com dados disponíveis on-line pela entidade gestora.

Levando em conta que 78.082 famílias solicitaram apoio e que 7.227 inscrições não passaram na avaliação (por desistência ou inelegibilidade), isso significa que, em quatro meses, Apenas 23% (18.156) das candidaturas foram consideradas.

Este é um valor que suscita dúvidas tendo em conta o objetivo traçado pela ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho, dias antes do início das obras, no dia 19 de julho: “Não se pode deixar nada sem pagar até o final do ano”, disse ele na época. Agora, avaliando a taxa de processamento, O Governo corre o risco de não atingir o objectivo, assim como falhou Eles prometem ter “uma grande parte” dos pagamentos concluídos até o final de setembro.

A tabela em tempo real, que nos permite acompanhar a evolução do programa, mostra-nos que, até esta segunda-feira, 18 de novembro, já receberam luz um total de 10.929 candidaturas, num total de reembolso de 16,8 milhões de euros. verde para parte do Fundo Ambiental. No entanto, apenas 10.536 beneficiários já foram ou estão prestes a ser reembolsados.

Apurando as diferentes fases de avaliação, existem atualmente 55.838 candidaturas “apresentadas” e 12.208 “em fase de finalização”. Em “análise financeira” são 363 e em “análise técnica” 6.698. Além disso, há 3.073 “desistências” e 4.154 apresentações “inelegíveis ou canceladas”.

PARA A segunda edição do PAE+S foi lançada no dia 16 de agosto de 2023 para distribuir um apoio global de 30 milhões de euros. às famílias que investiram na melhoria do desempenho energético das suas casas, como através da instalação de janelas eficientes, painéis solares ou isolamento térmico. Até 31 de outubro, A iniciativa recebeu mais de 78 mil candidaturas, que aguardaram sete meses para começarem a ser apreciadas.

Reforço de 60 milhões de euros a caminho para cobrir pedidos e, quem sabe, lançar novo aviso

A Comissão Nacional de Acompanhamento do PRR fez soar o alarme ao referir, no relatório de julho, um número de pedidos superior às verbas disponíveis. ELE Expressar Tentou verificar junto ao Ministério do Meio Ambiente e Energia (MAEN) se haveria aumento na dotação ou se seria dado novo aviso, mas até o momento não obteve resposta.

Contudo, durante uma audição parlamentar no âmbito da discussão do Orçamento do Estado para 2025 na especialidade, no dia 8 de novembro, Maria da Graça Carvalho referiu o existência de 90 milhões de euros para o Programa de Apoio à Construção Mais Sustentável, o que significa que a sua dotação será reforçada em 60 milhões de euros.

Fonte oficial do MAEN disse ao Eco que esta incorporação servirá para responder a pedidos que não possam ser cobertos com os 30 milhões de euros inicialmente previstos ou abrir novo convite à apresentação de propostas no âmbito. Para esta última opção, o Executivo promete um processo de candidatura “menos burocrático e complexo”.

Esgotados os 90 milhões, o PAE+S chega ao fim e entra em ação Duas novas ajudas à eficiência energética focadas nas famílias mais vulneráveisconforme anunciado pelo Ministro do Ambiente e Energia, na mesma ocasião. Ambas as medidas terão disponíveis cerca de 50 milhões de euros até 2025, afirmou.

O que está em jogo é um programa de apoio à aquisição de eletrodomésticos mais eficientes, oE-Homeque será implementado através da concessão de bonificações aos candidatos; e outro, designado Áreas Urbanas Sustentáveisfinanciar intervenções de eficiência energética em zonas urbanas com maior vulnerabilidade (aqui os destinatários já são entidades colectivas).

Sector das janelas eficientes critica fim do programa e pede nova abordagem ao Governo

Há cerca de três meses, o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Janelas Eficientes (Anfaje) defendeu, em declarações ao Expressara continuidade do PAE+S, considerando-o uma medida essencial de combate à pobreza energética, enquanto se aguarda a revisão e simplificação do processo de candidatura ao programa.

Agora, ao tomar conhecimento do encerramento da medida que permitia subsidiar a substituição de janelas antigas por modelos mais eficientes, a associação reagiu alegando que o A decisão do Governo contraria os objetivos da União Europeia de neutralidade carbónica em 2050 e a necessidade de melhorar o conforto térmico das habitações.

“As melhores medidas para promover a eficiência energética são aquelas que intervêm no ambiente passivo. E as janelas eficientes, pelas suas características técnicas, evitam o consumo de energia, ao contrário dos eletrodomésticos”, afirma João Ferreira Gomes, citado em comunicado, sugerindo que o caminho a seguir deve ser “a reformulação e o reforço do programa e não a sua extinção”. “

Pelo que sabemos, a E-Lar oferecerá bônus para instalação de ar condicionado e aparelhos eficientes, deixando de fora o isolamento térmico, que, segundo Anfaje, vai deixar as famílias com uma conta de energia mais elevada. A associação pede ao Executivo que crie um programa mais inclusivo que também apoia a classe média e incentiva a instalação de janelas eficientes com taxa reduzida de IVA (6%).

Fuente

Endless Thinker

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