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Biden autoriza a Ucrânia a usar mísseis de longo alcance, Musk zomba das declarações de Zelensky: dia 998 da guerra

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A administração de Joe Biden atendeu a um dos pedidos de Kiev: o uso de mísseis de longo alcance para atingir alvos dentro do território russo. A informação vem do The Washington Post, que contatou duas autoridades norte-americanas.

Segundo o jornal norte-americano, a decisão da administração do atual presidente norte-americano está ligada às últimas ações da Coreia do Norte, que destacou 10 mil oficiais para Kursk, região da Rússia que faz fronteira com a Ucrânia. O objectivo de Kim Jong-un é reforçar as forças russas e reconquistar o território conquistado pela Ucrânia nos últimos meses de conflito.

Do lado americano, segundo uma fonte do Washington Post, espera-se que o uso destas armas possa desmobilizar a Coreia do Norte para que não envie ainda mais tropas para o território russo.

As armas americanas às quais as tropas ucranianas têm agora acesso são mísseis guiados supersónicos com um alcance de até 300 quilómetros. Os pedidos de utilização destas armas para responder aos ataques russos já se tinham multiplicado em Kiev, mas só agora chegou a tão esperada autorização dos Estados Unidos.

Elon Musk zomba das condições de Zelensky para negociações com a Rússia

Numa altura em que o mundo continua a observar as consequências da reeleição de Donald Trump para a presidência dos Estados Unidos, as maiores incertezas centram-se na Ucrânia e na manutenção do apoio americano ao país invadido pela Rússia. Um dia depois de Volodymyr Zelensk ter dito que a guerra “terminaria em breve” sob a administração republicana, Elon Musk até zombou das declarações do presidente da Ucrânia em relação às negociações de paz com a Rússia.

O empresário nomeado para chefiar um departamento para aconselhar Trump minimizou as declarações de Zelensky, dizendo que os Estados Unidos não podem forçar a nação a “sentar e ouvir” nas negociações e que a Ucrânia é um “país independente”, numa entrevista à Rádio Ucraniana. “Seu senso de humor é maravilhoso”Elon Musk respondeu numa publicação na rede social X (de sua propriedade) com um link para uma reportagem da BBC de 2021, que mencionava que Zelensky era comediante antes de entrar na política.

Sem certeza sobre a posição de Trump em relação ao apoio à Ucrânia, estas declarações de Elon Musk podem aumentar os nervos dos líderes ucranianos e contribuir para a deterioração das relações entre os EUA e Kiev.

Desde a campanha eleitoral para a presidência dos Estados Unidos, Elon Musk tornou-se mais próximo de Donald Trump, tornando-se presença regular em eventos republicanos. Com a vitória de Trump, o dono da Tesla foi convidado a liderar, junto com o empresário Vivek Ramaswamy, o futuro Departamento de Eficiência Governamental (DOGE), que visa conseguir cortes drásticos nos gastos públicos do governo federal.

Volodymyr Zelensky encontrou-se com o ex-presidente dos Estados Unidos na Trump Tower, em Nova Iorque

Imagens de Alex Kent/Getty

Guerra na Ucrânia

Olaf Scholz reafirma total apoio da Alemanha à Ucrânia

Criticada após uma conversa telefónica com Vladimir Putin, a chanceler alemã reafirmou o seu total apoio à Ucrânia e garantiu que nenhuma decisão sobre a guerra será tomada sem ter em conta a opinião do regime de Kiev. “A Ucrânia pode contar connosco”disse Olaf Scholz, no aeroporto de Berlim, antes de voar para a cúpula do G20 no Rio de Janeiro, Brasil, neste domingo.

A Ucrânia “defende legitimamente a sua independência e soberania”, sublinhou a chanceler da Alemanha, o segundo fornecedor de armas de Kiev desde o início da invasão russa da Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022 (o primeiro são os Estados Unidos).

Enquanto várias vozes internacionais criticam o contacto com o Kremlin após dois anos de silêncio – entre elas Zelensky – o Chanceler alemão decidiu defender mais uma vez as suas ações. “Era importante dizer-lhe que não deveria contar com um enfraquecimento do apoio à Ucrânia por parte da Alemanha, da Europa e de muitos outros países do mundo”, explicou Scholz. Ao mesmo tempo, observou que o telefonema serviu para “confirmar que o presidente russo não mudou de ideias sobre a guerra, o que não é uma boa notícia”.

Durante o telefonema, Putin disse à chanceler alemã que a proposta de paz para a Ucrânia deve ter em conta “novas realidades territoriais”, exigindo que Kiev desista das regiões ocupadas por Moscovo. Scholz, por sua vez, instou Putin a retirar as tropas da Ucrânia e negociar com Kiev, de acordo com um comunicado do governo alemão.

Este domingo um novo crítico juntou-se às ações do líder alemão: o primeiro-ministro polaco. “Ninguém vai impedir Putin com telefonemas”escreveu Donald Tusk em rede social. “O ataque [russo] “A noite passada, uma das maiores desta guerra, mostrou que a diplomacia telefónica não pode substituir o verdadeiro apoio de todo o Ocidente à Ucrânia”, disse ele.

Outras notícias:

⇒ Cem pessoas reuniram-se na Praça do Comércio, no Porto, em solidariedade com os ucranianos numa manifestação para assinalar o milésimo dia desde o início da invasão russa na Ucrânia. A ação foi promovida pela Associação dos Ucranianos em Portugal (Spilka) e contou com a participação de vários ucranianos residentes em Portugal. Com bandeiras ucranianas amarradas às costas, várias pessoas exibiram cartazes apelando ao fim da invasão russa, à investigação dos crimes de guerra cometidos pelos russos e à manutenção do apoio europeu e internacional.

⇒ A Ucrânia vai aplicar “medidas restritivas” ao consumo de eletricidade em todo o seu território na segunda-feira, na sequência do ataque da Rússia que danificou gravemente a sua infraestrutura energética, anunciou hoje o Ministério da Energia. “Amanhã, 18 de novembro, todas as regiões serão obrigadas a aplicar medidas de restrição de consumo” devido “aos danos causados ​​às instalações elétricas durante o ataque massivo de mísseis e drones”, escreveu o ministério num comunicado nas redes sociais. A rede energética da Ucrânia, já muito frágil, teve hoje de enfrentar um dos ataques russos mais importantes dos últimos meses, uma ofensiva que deixou nove mortos e cerca de vinte feridos em todo o país, segundo as autoridades.

Fuente

Endless Thinker

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