A Comissão Europeia aprovou esta quinta-feira um novo pagamento de quatro mil milhões de euros ao abrigo do Mecanismo de Apoio à Ucrânia, depois de o país ter cumprido nove indicadores de reforma, à medida que se aproxima o milésimo dia de guerra.
“A Comissão emitiu hoje [esta quinta-feira] uma avaliação positiva do segundo pagamento regular de cerca de 4,1 mil milhões de euros no âmbito do Mecanismo de Apoio à Ucrânia da União Europeia (UE), destinado a apoiar a estabilidade macrofinanceira da Ucrânia e o funcionamento da sua administração pública”, indica a instituição em uma declaração.
Segundo Bruxelas, quando a decisão for adotada pelo Conselho da UE (ao nível dos 27 Estados-membros do bloco europeu), “aumentará para 16,1 mil milhões de euros o total de fundos desembolsados em 2024 em apoio ao Plano para a Ucrânia”. ” .
O apoio chega poucos dias antes do milésimo dia da guerra na Ucrânia causada pela invasão russa, iniciada em 24 de fevereiro de 2022. Na terça-feira marcam mil dias e, nesse dia, acontece uma sessão extraordinária. em Bruxelas do Parlamento Europeu na data.
“Sobrevivência através da rede social”. “A nossa ação é de longo prazo”, afirmou o líder do executivo comunitário.
A aprovação de quinta-feira surge na sequência de uma avaliação pela instituição do segundo pedido de pagamento apresentado pela Ucrânia em outubro, que concluiu que o país “cumpriu satisfatoriamente os nove indicadores de reforma acordados para este pagamento, em áreas como a luta contra a corrupção, o ambiente de negócios, o mercado de trabalho, política regional, mercado energético e protecção ambiental”, afirma o executivo comunitário no comunicado de imprensa.
Para que os fundos cheguem ao solo ucraniano, é agora necessária a aprovação do Conselho da UE para o cumprimento satisfatório do país dos indicadores qualitativos e quantitativos estabelecidos no Plano para a Ucrânia, ocorrendo a transferência logo após a adoção da decisão.
O Mecanismo de Apoio UE-Ucrânia, no valor de 50 mil milhões de euros concedidos sob a forma de subvenções e empréstimos para o período 2024-2027, apoia os esforços de Kiev para manter a estabilidade macrofinanceira, promover a recuperação a curto prazo, bem como reconstruir e modernizar o país. ao mesmo tempo que implementa reformas estruturais fundamentais para avançar no caminho para a adesão à UE. O país tem o estatuto de candidato à UE desde junho de 2022.
Líder da NATO confia no apoio de Trump à Aliança Atlântica
O Secretário-Geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), Mark Rutte, manifestou-se confiante de que o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, continuará a apoiar a Aliança Atlântica.
Questionado durante uma conferência de imprensa na maior base da NATO na Letónia se estava preocupado com as declarações anteriores de Trump de que isso poderia levar Washington a não defender os países da NATO que não gastam o suficiente na defesa, Rutte disse que o presidente eleito “fará tudo o que for preciso para defender os Estados Unidos.”
Trump “está muito consciente de que a adesão à NATO faz parte da defesa dos Estados Unidos”, acrescentou, numa conferência de imprensa conjunta com o presidente da Letónia, Edgar Rinkevics.
“Veja o que está acontecendo agora. Na Ucrânia, soldados norte-coreanos, agora activos na Rússia, estão a ajudar Moscovo na guerra contra a Ucrânia. Isto é pago pela Rússia, por exemplo, com tecnologia de mísseis, que está agora a ser entregue à Coreia do Norte. “Esta é uma ameaça direta, não só para a Europa, mas também para o Japão, a Coreia do Sul e os Estados Unidos”, continuou.
Além disso, Rutte afirmou que os aliados europeus da NATO devem aumentar significativamente os gastos com defesa para mais de 2% do Produto Interno Bruto (PIB) e desenvolver as suas próprias indústrias de defesa. “Precisamos de mais gastos com defesa e precisamos de aumentar a produção de defesa em toda a Aliança para ter as forças certas, mas também as capacidades certas para manter o nosso povo seguro”, disse ele.
“Precisamos – continuou – fazer mais para reabastecer os nossos arsenais e garantir que estamos preparados para enfrentar qualquer adversário. (…) Devemos garantir que a Ucrânia prevaleça e que Putin não ganhe na Ucrânia. “, disse Rutte, observando que a Letónia se comprometeu a gastar 0,25% do PIB em ajuda ao país invadido e está a aumentar os gastos com defesa.
O chefe da NATO afirmou que “só o governo ucraniano” pode decidir iniciar conversações com a Rússia sobre como acabar com o conflito. “Mas eles têm que fazer isso a partir de uma posição de força”, acrescentou.
Eleições americanas 2024
Leia também
Outras notícias
⇒ Oh, presidente coreano, Yoon Suk-yeol, admite responder à Coreia do Norte enviando cerca de 10.000 soldados para a Rússia com medidas específicas, incluindo “fortalecer o apoio à Ucrânia”. O facto de a Coreia do Norte “ter chegado ao ponto de enviar as suas tropas para a Rússia constitui uma grave ameaça à segurança não só da península coreana e da Europa, mas de todo o mundo”, disse Yoon em entrevista à agência de notícias espanhola. Éfe;
⇒ A Rússia manifestou a sua abertura às negociações de paz com a Ucrânia com base na “realidade atual no terreno” e ao diálogo com a futura administração norte-americana de Donald Trump, disse o embaixador russo na ONU em Genebra. Numa conferência de imprensa com meios de comunicação acreditados pela ONU em Genebra, na Suíça, o diplomata Gennady Gatilov alertou que eventuais discussões de paz dependem de a Ucrânia, que a Rússia invadiu em Fevereiro de 2022, deixar de “ser um instrumento nas mãos de outros países”.
⇒ O Parlamento Europeu aprovou uma resolução que defende sanções mais específicas da UE contra a chamada “frota fantasma” russa, navios que transportam petróleo russo e escapam às sanções impostas a Moscovo após a guerra contra a Ucrânia, bem como aos seus proprietários e operadores. , gestores, contas bancárias, bancos e seguradoras. O Parlamento salienta que a Rússia utiliza navios-tanque antigos, muitas vezes sem seguro e de propriedade anónima, para exportar petróleo bruto e produtos petrolíferos, garantindo assim receitas essenciais para a guerra na Ucrânia;
⇒ Um tribunal militar russo condenou um homem a 24 anos de prisão por tentar atear fogo a um centro de recrutamento militar, o caso mais recente do género, informaram esta quinta-feira agências de notícias russas. Nos últimos dois anos, a Rússia aumentou o número de pessoas acusadas de “traição”, “sabotagem”, “terrorismo”, “extremismo” ou crimes relacionados com qualquer crítica aos militares envolvidos na guerra da Ucrânia. Esses casos geralmente são julgados à porta fechada e acarretam penas muito severas.
Fuente
Endless Thinker