No Pinhal do Banzão, inserido nos mais de 14 mil hectares de paisagem protegida do Parque Natural Sintra-Cascais, o som das motosserras e dos troncos empilhados já é uma cena comum para quem ali vive.
Nesta floresta de pinheiro manso e bravo, sobreiros e eucaliptos, a limpeza é, segundoInstituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF)algo obrigatório para prevenção de incêndios, dada a proximidade das residências, porém, em nenhum caso é permitido o corte total da vegetação.
Mas se aqui a chamada clareira deixou algumas árvores em pé no terreno adjacente, a poucos metros de distância não sobrou nenhuma. Mais uma vez, esta situação motivou uma reclamação dos vizinhos.
Quem ali reside, por diversas vezes, confrontou diretamente as empresas contratadas para a chamada ‘limpeza’ que afirmam ter licença. Contudo, esta segunda-feira, a GNR no local proibiu o abate de árvores por falta de licença válida. Neste caso faltou autorização da Câmara Municipal de Sintra.
No dia seguinte a situação se repetiu. A GNR e o ICNF estiveram no local. Embora tenha afirmado que neste caso não era necessária a autorização da Câmara Municipal, a Câmara de Sintra reitera que o regulamento arbóreo do concelho “adverte que deve haver uma manifestação prévia do município relativamente a um maciço florestal, devidamente classificado”. ”
Pela primeira vez, os trabalhos de limpeza foram suspensos. Uma decisão que, segundo os vizinhos, demorou e se deveu principalmente à falta de fiscalização.
Há 3 meses, quando o SIC contactou o ICNF, o instituto disse que a fiscalização conjunta seria reforçada. Algo que agora a Câmara voltou a confirmar, mas os vizinhos garantem que nada foi feito. O SIC voltou a contactar o ICNF, mas até à publicação desta reportagem não houve resposta
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Endless Thinker