Sem ainda tirar conclusões oficiais sobre a greve dos técnicos do INEM na semana passada, a ministra da Saúde anunciou no Parlamento que apenas num turno, com a duração de oito horas, os serviços mínimos não estavam garantidos. Era a tarde de segunda-feira, 4 de novembro, quando coincidiram a greve das horas extraordinárias e a greve da Federação Nacional dos Sindicatos Independentes da Administração Pública.
No Parlamento, a ministra da Saúde destacou que o Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) – há quatro no país -, que atende chamadas na linha 112 e ativa os serviços de urgência, “está a trabalhar arduamente” e que mesmo “mobilizando todos os pré- -técnicos de emergência hospitalar que trabalham no CODU” poderão ser insuficientes para cumprir os serviços mínimos, “sempre 80%”, destacou Ana Paula Martins.
“Era uma jornada de oito horas, que não cumpria os serviços mínimos” e embora tenha sido apenas uma, foi suficiente “para ter um impacto muito grave como comentamos”, disse aos deputados. Ana Paula Martins explicou que a intervenção da Inspeção-Geral das Atividades de Saúde servirá “para que não haja dúvidas de que não poderia ter sido feito mais do que foi feito”. Mas não é tudo: “É importante perceber se houve um ritmo assimétrico no trabalho dos técnicos de emergência”.
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Endless Thinker
