O presidente do PSD/Açores, e líder do executivo dos Açores, garantiu hoje a sustentabilidade das finanças públicas da região, acusando os socialistas de “uma narrativa recorrente” de “procurar denegrir” a ação governativa.
“Estamos a melhorar significativamente a economia dos Açores”, afirmou José Manuel Bolieiro, criticando a atitude da oposição, nomeadamente do PS, “depois de 24 anos de governo socialista absoluto”.
O presidente do PSD/Açores falava em Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, na sessão de encerramento do III Fórum Regional da JSD/Açores sobre o Plano e Orçamento para 2025, que será discutido no final de novembro no parlamento dos Açores.
José Manuel Bolieiro, que lidera o executivo açoriano de coligação PSD/CDS-PP/PPM, sustentou que as críticas à situação das finanças públicas regionais não se baseiam numa avaliação técnica.
“Estamos produzindo riqueza e nosso produto interno bruto está crescendo. E, portanto, estamos bem deste ponto de vista da sustentabilidade financeira», reforçou.
O presidente do PSD/Açores e chefe do Governo dos Açores destacou “a herança” recebida, após um período de governo socialista no arquipélago, afirmando que o PS “Começou praticamente com o benefício da Lei das Finanças das Comunidades Autónomas“.
“Eles tinham [PS] perdão da dívida da Região Autónoma dos Açores com a entrada em vigor da Lei das Finanças das Regiões Autónomas. Nessa altura foram perdoados 110 milhões de contos. E, portanto, foi um bom começo em matéria financeira”, disse, justificando que no caso do governo de coligação de direita nos Açores esteve “sempre com menos dinheiro”.
“Para ele PS: o mundo começou com a governação do PS de 1996 e depois com a catástrofe de 2020com uma governação não socialista, mantendo o verdadeiro legado que nos deixou”, criticou, insistindo que o governo regional está também a “resolver um legado terrível” do sector empresarial público regional e cujo “peso maior” é o da SATA, a companhia aérea Açores.
Bolieiro disse que a herança recebida é “uma dívida de R$ 2,4 bilhões” e que “Grande parte da dívida permaneceu comercial e não foi classificada como financeira.“, afirmando que o Governo está a trilhar “este caminho de transparência e de garantir que a economia não é demasiado penalizada ao transformar muita dívida comercial em dívida financeira”.
José Manuel Bolieiro disse ainda que há “atrasos de pagamento”, mas “muitos deles foram fruto da âncora que era a SATAa falta de recebimento de fundos para recuperar os danos causados pelo furacão Lorenzo, a falta de financiamento estatal das Autonomias, que o PS não viveu com a gravidade que viveu a nossa governação.”
Para o presidente do PSD/Açores, a visão “negativa” do PS “é recorrente” e, por isso, “Isso não deveria comover ninguém.”
“Não fazemos uma governação navegacional à vista, mas sim uma governação estratégica de médio e longo prazo com grandes projetos que não se executam num estalar de dedos, nem se medem no dia seguinte”, insistiu.
Segundo José Manuel Bolieiro, a oposição do PS é apelidada de “PNS, uma oposição pessimista, negativa e evasiva de impostos”.
No seu discurso, o líder social-democrata dos Açores e chefe do executivo regional afirmou que a juventude “sempre foi uma prioridade” em diferentes áreas.
“É essencial para os jovens e para o futuro dos Açores não perderem a sua identidade e o sentido de pertença à sua ilha”, frisou, acrescentando que “mais de dois terços dos investimentos são dedicados à juventude”.
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Endless Thinker