A EDP Renováveis obteve um lucro líquido de 210 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, 53% inferior ao lucro obtido no período homólogo do ano passado, revelou a empresa em comunicado à Comissão do Mercado de Valores. (CMVM) esta quarta-feira.
A queda nos lucros ocorreu apesar de, a nível operacional, a empresa ter aumentado os seus proveitos em 5%, para 1.731 milhões de euros, beneficiando de um aumento na produção dos seus parques eólicos e solares.
O facto é que o EBITDA (resultado antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) contraiu 9%, para 1.294 milhões de euros.
O EBITDA teve um impacto negativo de 44 milhões de euros associado a projetos na Colômbia, mercado que penalizou as contas da EDP Renováveis durante vários trimestres, devido aos sucessivos atrasos na conclusão de projetos eólicos, cuja capacidade prevista é de 504 megawatts ( PM).
No capítulo do resultado líquido, a EDP Renováveis assume que os problemas na Colômbia tiveram um impacto negativo de 65 milhões de euros, o que explica grande parte da queda do lucro. Mas a deterioração do resultado também esteve relacionada com “menores ganhos na rotação de ativos” face a 2023.
Recorde-se que nos últimos anos grande parte dos resultados da EDP Renováveis têm sido obtidos através da venda de participações em projetos (eólicos e solares) desenvolvidos e construídos pela empresa, e o ritmo a que estes são alcançados As vendas influenciam o variação no lucro da empresa.
O resultado financeiro agravou-se em 21%, para um valor negativo de 310 milhões de euros, associado ao aumento do endividamento da empresa, para financiar investimentos em novos projetos. Em setembro, a dívida líquida da EDP Renováveis ascendia a 7,8 mil milhões de euros, mais 2 mil milhões do que um ano antes.
A EDP Renováveis é detida em 71,3% pela EDP, que apresentará esta quinta-feira os resultados dos primeiros nove meses do ano.
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Endless Thinker