meuEram 9h35 da manhã desta quinta-feira e o Ministro das Finanças estava a ser espremido por deputados da oposição no plenário da Assembleia da República, enquanto um antigo Ministro das Finanças e antigo Secretário de Estado Socialista do Orçamento passeava distraidamente a Sala dos Passos Perdidos, com o eco da voz de Joaquim Miranda Sarmento falando na câmara ao fundo. Foi João Leão, que reviu sete orçamentos de governos minoritários do PS e viu fracassar um deles – o primeiro a cair no Parlamento – e que conhece bem estes momentos de tensão ao ver aprovadas as contas do Estado. Em outra época, era ele quem estava lá dentro, sob fogo cerrado. Agora, na qualidade de representante de Portugal junto do Tribunal de Contas Europeu e à espera de uma reunião com José Pedro Aguiar-Branco, ouvi atentamente as explicações do responsável pelo protocolo no Palácio de São Bento, que lhe descreveu o significado de um de Columbano. As icónicas pinturas de Bordalo, Pinheiro, onde há uma figura desbotada por trás dos expoentes do romantismo nacional, Almeida Garrett e Alexandre Herculano.
Fuente
Endless Thinker