O Ministro dos Negócios Estrangeiros abordou esta sexta-feira o “incidente” com o Chefe do Estado-Maior da Aeronáutica, ocorrido na base aérea de Figo Maduro, descrevendo-o como “não é um assunto”, que o Primeiro-Ministro e o Presidente da República A República “já deu respostas completas”. Ainda assim, em declarações aos jornalistas em Coimbra, Paulo Rangel quis fazer dois esclarecimentos.
“Por um lado, estabeleceu-se a ideia de que tinha havido uma exigência, um pedido para ir para um local inseguro, o que é absolutamente falso. Isso não aconteceu. E houve palavrões, insultos e xingamentos, outra coisa que também não aconteceu. “São factos absolutamente falsos”, sublinhou.
“É a única coisa que queria deixar claro porque esta ideia foi instalada nos meios de comunicação social, não sei com que origem nem com que intenções, mas são absolutamente falsas e completamente negadas por mim e por todos”, reforçou.
O ministro referiu ainda que o incidente “foi resolvido de imediato”, pelo que “não lhe deu importância” e que foi “completamente pacificado”. “O diálogo com as Forças Armadas tem sido bastante intenso ao longo destes dias, depois disso”, acrescentou.
Rangel afirmou ainda que “é-lhe difícil” que o ministro da pasta dos Negócios Estrangeiros que “mais tem defendido as Forças Armadas”, que considera “um pilar não só histórico, mas essencial para o futuro de Portugal”, seja “ objeto deste tipo de comentários e análises.”
O PS e o Chega apresentaram dois pedidos para ouvir o ministro no Parlamento, depois da notícia do que aconteceu ao general Cartaxo Alves no dia 4 de outubro, durante a receção de repatriados do Líbano. O ministro garante que estará lá para “explicar o que precisa ser explicado”. “Reservo o momento para uma explicação mais detalhada, se houver espaço, para o Parlamento. Então será o lugar certo. Alimentar polêmicas sobre um tema que não tem os contornos que lhe são dados é ruim para as instituições. Por isso fiquei em silêncio”, explicou.
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Endless Thinker