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Cinema: Graciano e Agualusa em homenagem a Ruy Duarte de Carvalho, o português que se apaixonou por África

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qQuando o filme começa, o que vemos é o Deserto do Namibe, em Angola, com a imponente secura das suas rochas. A câmera está em um ponto alto e abaixo dela há um jipe, uma barraca próxima e um homem negro sentado em uma esteira a certa distância. É de manhã, um homem sai da loja e se dirige ao outro. O ponto de vista muda, a câmera passa a estar no nível dos personagens e acompanha seus movimentos. O homem sentado no chão faz suas abluções matinais em uma bacia com água e nem nos perguntamos de onde ele tirou isso naquela aridez porque os close-ups são construídos como algo que ultrapassa o realismo, dada a arrogância do cenário. Além disso: quando vemos os primeiros diálogos, fica evidente a ausência ‘naturalista’ do plano reverso/plano reverso (se eu não visse com atenção, não há nenhum nos 136 minutos que dura o filme; também não há plano drone , aquela muleta doentia daqueles que são preguiçosos na linguagem). E então é introduzida a existência de alguns “documentos ingleses” pelos quais o homem branco é procurado, talvez um tesouro em perspectiva. Alguém acredita que entrou no deserto apenas para estudar pastores nômades? Mas o tesouro não será diamantes, ouro ou mercúrio, avisa a voz do protagonista, Ruy Duarte de Carvalho. O que será, afinal?

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Endless Thinker

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