Cúpula na Rússia: Putin emerge como vencedor e BRICS pode se tornar " um formidável contrapeso às instituições ocidentais"

“A China quer hegemonia, a Índia quer igualdade com a China, a Rússia precisa de amigos para sobreviver.” Os Estados Aliados, três potências mundiais com aspirações ambiciosas, estão representados na 16.ª cimeira dos BRICS (que decorre até quinta-feira) por líderes que têm uma nova ideia de mundo. É o que afirma Alexander Motyl, professor de Ciência Política na Rutgers University-Newark, nos Estados Unidos da América, e autor de vários trabalhos sobre a Ucrânia e a Rússia. Em Kazan, na República do Tartaristão, na Rússia, Vladimir Putin quis transmitir a mensagem de que o grupo representa agora a maioria global, com potencial para dominar uma nova ordem global que se aproxima. Na verdade, a aliança agora ampliada representa cerca de 45% da população mundial e 25% do PIB global, segundo “Al Jazeera”.

Os cinco países originais (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) estão cada vez menos sozinhos. Em 2023, os BRICS estenderam convites ao Egipto, Etiópia, Irão, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos, após estes países terem solicitado a adesão. A Arábia Saudita ainda não aderiu formalmente, mas o resto já se integrou.