O ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, disse esta terça-feira estar confiante no crescimento da economia em 2025 e nos anos seguintes. Elogiou o setor bancário: “temos um setor bancário muito diferente do que há 10 anos, mais resiliente, mais sólido, com os seus excessos regulatórios. Concordo com Miguel Maya. [presidente do BCP]”.
O presidente do BCP, Miguel Maya, assim como outros banqueiros, citaram diversas vezes o relatório Draghi, para destacar vários desafios. Neste caso, Maya destacou “regulamentação excessiva e regulamentação inadequada”, o que foi acordado pelo Ministro das Finanças.
Joaquim Miranda Sarmento falou perante uma plateia repleta de banqueiros, reguladores financeiros e afins, depois de ouvir um pouco do que tinham a dizer os administradores dos cinco maiores bancos a operar em Portugal.
O ministro fez questão de dizer: “Venho falar do Orçamento do Estado, não de conversas”, referindo-se ao facto de um dos banqueiros, o presidente do BPI, ter dito que “as conversas sobre o Orçamento nos últimos meses são trágico, continuamos conversando e não temos paciência para isso.” João Pedro Oliveira e Costa foi mais longe ao afirmar: “temos que estar indignados e não continuar a doar a esta instituição de caridade”, concluindo: “temos uma oportunidade de ouro para dar um salto em frente”.
Convicção revista sobre o crescimento económico estimado em 2,1%; os 0,3 pontos percentuais do saldo orçamental e a redução sustentada da dívida pública. Mencionou ainda a queda do IRC, do IRS Jovem e justificou o que sustenta o esperado aumento das receitas do ISP. Explicando que este aumento no ISP Isto deve-se não só à atualização da taxa de carbono, que deve ser feita, é um compromisso, mas também ao aumento estimado do consumo.
Do lado dos banqueiros, o debate moderado por Isabel Vaz, presidente executiva da Luz Saúde, abordou vários temas, entre eles que a escala das empresas importa, entre outras coisas, para as empresas que investem em tecnologia, requalificam os seus quadros e lhes pagam melhorar.
Fazer escala foi um dos pontos que Pedro Castro Almeida, presidente do Santander, abordou quando questionado por Isabel Vaz. “O tamanho importa muito”, frisou em diversas frentes, para investir e o país poder crescer de forma sustentável. Mais uma vez o relatório Draghi foi citado pelos desafios que coloca à Europa em termos de escala. E destacou que na Europa dois terços do financiamento empresarial são concedidos pelos bancos, mas nos EUA apenas um terço provém dos bancos.
Castro Almeida lembrou que “Portugal teve uma farra colectiva quando duplicámos o rácio da dívida em percentagem do PIB” no passado, e elogiou o esforço de desalavancagem feito pelos agentes económicos, pelas famílias, pelas empresas e pela administração pública no contexto actual, disse o banqueiro. . de Santander acredita que é preciso estabilizar e ter mais segurança na regulação, sem mudar constantemente as regras.
Mark Bourke, presidente do Novo Banco, sustentou que a economia apresenta um melhor desempenho. O presidente do banco público Paulo Macedo, depois de sublinhar que em 2025 será mais difícil obter bons resultados, afirma que “se a OE for cumprida entraremos três anos consecutivos com excedentes e este ambiente é importante”.
E isso é motivo de optimismo, afirma, acrescentando que o país tem um nível de “emprego sustentável”, sendo “também positivo que os jovens tenham de pagar menos impostos sobre o rendimento e melhores condições de crédito imobiliário”. Sobre o IRC, sustentou ainda que “um pouco menos de IRC para as empresas e taxas de juro mais baixas é bom”.
O presidente da CGD afirma que é preciso apostar em energias amigas e destaca que ao nível da habitação “aumentou o financiamento mas é preciso mais oferta”
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Endless Thinker