O Natal irrevogável dos fones de ouvido

A caderneta orçamentária ainda não durou. O PS continua sem dizer se a proposta do governo é viável. O Chega já disse tudo e o contrário. Na verdade, a palavra “irrevogável” pode necessitar de uma nova entrada nos dicionários. Entretanto, a despesa pública actual está a crescer a um ritmo não visto há mais de trinta anos. Simultaneamente com a promessa de redução das receitas fiscais. Já é Natal e ninguém nos avisou. Para a RTP não será assim: não haverá mais publicidade. Com menos 22 milhões por ano, a televisão e a rádio públicas terão de começar um dia destes a cortar os auscultadores dos jornalistas. E então quem lhes faz perguntas ofegantes que Montenegro não gosta?