A cerca de 30 minutos de Lisboa, adegas, vinhos e o maior rio que atravessa Portugal, o Tejo, cheio de vida, com canais e mouchões, fauna e flora composta por espécies únicas e aldeias de aves típicas, formam o enquadramento do concelho da Azambuja . . Pode ser conhecido voando, cavalgando, correndo e caminhando. Voe no coração da planície aluvial, uma proposta turística mais radical, e deslumbre-se com a paisagem vista do céu. Ao correr ou caminhar desfrute do contacto com o campo, por caminhos entre vinhas e pomares, ou pela exuberante Mata das Virtudes, plantada por D. Dinis, 200 hectares de múltiplas espécies arbóreas. Numa visita ao Paul de Manique do Intendente poderá descobrir uma grande riqueza de vida animal e vegetal. Não se esqueça das atividades equestres e das visitas ao património religioso e cultural.
Os hábitos rurais ainda estão muito vivos entre a população até hoje. Só assim foi possível, hoje, saborear o Azambuja Toricado, legado de conhecimento, neste caso dos homens que trabalharam a terra. Nascido da utilização do pão amanhecido, proporciona uma simbiose perfeita com azeite, alho e sal que, com calor adequado, tornam o Torricado irresistível. Geralmente é consumido com bacalhau assado na brasa, mas é comum ouvir que o torricado se come com tudo.
Pelo caminho das bateiras e das pequenas ilhas do Tejo
A Rota dos Avieiros conta uma história que começou no início do século XX, quando a fome obrigou os pescadores a abandonar a praia de Vieira de Leiria em busca de sustento. Subiram o rio Tejo e encontraram esta zona cheia de peixes. Inicialmente estabeleceram-se como nômades e viviam nas bateiras, como eram chamados seus respectivos barcos. Na cultura avieira, a família vivia junta no barco conhecido como bateira, sendo a mulher guiando-a enquanto o homem ficava livre para recolher a rede. Mais tarde, estes pescadores, exaltados na escrita de Alves Redol – um dos maiores expoentes do neorrealismo português, nascido em Vila Franca de Xira – instalaram-se sobre palafitas nas margens do Tejo, no Porto da Palha, no Lezeirão. A Ollem Turismo Fluvial (Tel. 917204758) dispõe de um cruzeiro pelo rio Tejo que segue o percurso das vilas agrícolas e piscatórias. A bordo do varino Vala Real, barco típico do Tejo, vamos sair à descoberta do património natural e cultural na sua forma mais pura (Tel. 263400476). A viagem permite contemplar os mouchões, pequenas ilhas que emergem das águas do rio Tejo e as margens repletas de salgueiros que albergam espécies de aves. As águas do rio provêm do robalo, do barbo, das enguias, do sável e das lampreias que caracterizam a gastronomia ligada ao rio.
Descubra a agricultura e prove vinhos.
Na mesma família há seis gerações, a Quinta da Texuga, localizada a 30 minutos de Lisboa, desenvolve atualmente atividades que antes envolviam grande parte da comunidade. Convida a passar um “Dia de Campo”, compreender as rotinas agrícolas e interagir com os animais da quinta. Ande de trator ou a cavalo e descubra a vinha e o olival (Tel. 962 424 867). Visite a herdade e conheça os vinhos de Vale de Fornos (Tel. 263402105), uma propriedade do século XVI, equipada com um solar e uma adega, datada de 1873. Foi adquirida pelo lendário empresário vitivinícola duriense D. Antónia Ferreira, que o ofereceu à sua filha por ocasião do seu casamento com o III Conde da Azambuja. As famílias Batoréu e Canteiro dedicam-se à produção de vinho há mais de cinco gerações. Visite a Adega Agro-Batoréu (Tel. 263475154), descubra as vinhas e desfrute de uma prova de vinhos. Na freguesia de Manique do Intendente encontra-se a Quinta da Lapa (Tel. 917584256), famosa produtora de vinhos, fundada em 1733. Oferece visitas à vinha e à adega e provas de vinhos, mas também oferece a possibilidade de banhos no tanque. e pesca. Você pode passar a noite no Hotel del Vino, localizado nesta quinta que remonta ao século XVIII.
Voe e monte na Lezíria
Com a AeroDreams faça um voo ou passeio aéreo para ver as paisagens da cidade de uma perspectiva diferente. Mediante reserva, na Quinta do Alqueidão (Tel. 935225952) uma experiência de voo permite a primeira aproximação e experiência de voo numa aeronave ultraleve. Você tem a oportunidade de desfrutar, lado a lado com o piloto, o prazer de voar. É na Azambuja, vila apaixonada pelas artes equestres, que se celebra a Festa do Centenário. Considerada por muitos como “a festa mais tradicional do Ribatejo”, realiza-se habitualmente no mês de maio e inclui vários dias de festa selvagem, atividades tauromáquicas, gastronomia e música. Para satisfazer o seu gosto por cavalos, visite o Centro Equestre Lebreiro de Azambuja (Tel. 918479647). Com mais de 60 anos de existência, é indicado tanto para quem quer dar os primeiros passos no mundo dos cavalos como para cavaleiros mais experientes.
No coração da vila encontra-se uma joia do património religioso nacional.
Visite a Igreja Matriz, classificada como Bem de Interesse Público (IPP), exemplar da arquitetura maneirista renascentista, onde a talha dourada, as pinturas retábulos e os azulejos celebram a época barroca. Reconstrução quinhentista da medieval Santa María de Azambuja, é uma das que levaram à fundação da universidade portuguesa no século XIII, e o único exemplar de arquitectura religiosa do concelho da Azambuja com três naves. Outra igreja merece também uma visita, a da Misericórdia, prolongamento da capela do Espírito Santo, de nave única e altar-mor de talha barroca, concluída em 1701, além da ermida medieval de S. Sebastião, onde se encontra o festivais são celebrados anualmente na cidade. Começou em homenagem ao Senhor Jesus da Misericórdia e à Padroeira, Nossa Senhora da Assunção. Lugares do território da freguesia, Casais de Baixo e Casais dos Britos, construíram as capelas dos respetivos centros urbanos, na segunda metade do século XX. Referência também à Casa Colombo, na freguesia de Vale do Paraíso, ponto de encontro entre Cristóvão Colombo e D. João II, em 1493, para o informar da descoberta da América. Está disponível visita guiada gratuita mediante reserva prévia (Tel. 263400447). Conheça e celebre o Museu Municipal Sebastião Mateus Arenque (Tel. 263400447) que comemora 20 anos com diversas atividades para todas as idades, entre jogos, surpresas, música e dança. Faça uma visita guiada com animação, mediante marcação prévia, pelo centro histórico da Azambuja com a Terra Velhinha (Tel. 964554643) que realiza recriações históricas com espetáculos em diversos formatos e com música.
Gula celebra o Torricado em 20 restaurantes da cidade
Decorre até 31 de outubro o evento gastronómico “A Gula – na mesa dos restaurantes do concelho”, uma iniciativa que promove a marca “Azambuja – Terras do Torricado”. Este prato de forte tradição consiste em cortar o pão e separá-lo em fatias, cortá-lo em losangos e com cortes profundos, depois esfregar o alho e polvilhar com sal, que antigamente ficava sobre pedras. Por fim, doure o pão e esfregue o azeite com as mãos. Volte para a brasa e doure um pouco mais até ouvir um “assobio”. Nesta edição participam 20 restaurantes, entre os quais Ponderosa, Os Primos e Os Segredos D’Avó, na freguesia de Alcoentre. Em Aveiras de Cima, pode experimentar o Torricado nos Aveiramariscos, Espaço Grill, Genuinu’s, Horizonte, Oficina dos Sabores, Pôr do Sol 2, Sabó-Frango e Taberna das Comeiras. Na sede municipal, as mesas que servem Toricado são as da Flor de Sal, Buda Coffee Pizzaria, O Picadeiro, Hotel Ouro, Quinta do Alqueidão e Tasco da Ilda. Na freguesia de Vila Nova da Rainha participa o restaurante Sabores da Vila e, em Manique do Intendente, Kate Kero. Os Torricados são todos apresentados com bacalhau, embora com temperos diferentes, e podem ser acompanhados com sugestões de vinhos produzidos no concelho da Azambuja.
Torricado elevado a petisco de cozinha de autor
O “Torricado de perdiz de caça com ovo estrelado e pesto de salsa”, o “Toiro no caco” e diversas carnes preparadas no carvão, esculpidas no tabuleiro, são as propostas do restaurante Genuinu (Tel. 263097615), seleccionado para fazer parte do Guia Boa Cama Boa Mesa do ano 2024 e distinguido com o Selo de Qualidade Recheio. Os pratos elaborados pelo chef Daniel Sequeira mostram que prefere a cozinha local e tradicional, acrescentando um toque cosmopolita. Para se juntar à festa “A Gula” na mesa dos restaurantes da cidade, o chef preparou um “Torricado com caldeirada de chamuças e pescoço de bacalhau picado”. No menu habitual experimente as sugestões do cozinheiro como “Pato crocante com purê de açafrão”. A adega contém mais de 100 referências de vinhos nacionais.
Cheesecakes “mentirosos” na padaria Favorita
Numa época em que Portugal tinha reis e rainhas, em que se faziam festas no campo e os chefs nos palácios se preparavam para preparar as melhores receitas, nasceu um doce. Sempre que o casal real ou outros nobres passavam férias no Palácio da Rainha, situado num ambiente de encanto natural, prestigiado pela não menos famosa Vala Real, eram confeccionados cheesecakes com amêndoa. Certa vez faltou queijo fresco e os cozinheiros decidiram experimentar. Para compensar a falta de queijo, decidiram fazer uma calda de açúcar bem forte, que daria ao recheio a consistência habitual. E assim surgiram na Azambuja estes bolos com o enganoso nome de “queijadinhas”, que não incluem o queijo entre os seus ingredientes. Na confeitaria Favorita (Tel. 263418592), que segue a receita “Queijadinhas de Azambuja”, poderá saborear este delicado doce.
Descanse na natureza
Uma proposta mais original para pernoitar na Azambuja, à maneira tradicional bangalôs os românticos são Alfaro’95 (Tel. 962445082). Para quem procura tranquilidade, oferece alojamento em madeira com pequeno terraço, rodeado de jardim, piscina e lareira para aquecer as noites mais frias. A apenas 20 minutos da Azambuja encontra a Quinta do Archino (Tel. 914789210) que faz parte do centro equestre D. Francisco de Bragança, com possibilidade de andar a cavalo com guia, ter aulas e aprender a arte do adestramento, enquanto em Há passeios pela fazenda, além de piqueniques e passeios de bicicleta.
O roteiro de fim de semana é uma iniciativa da Boa Cama Boa Mesa, com o apoio do Recheio, que apresentará semanalmente, ao longo de 2024, os principais eventos gastronómicos, incluindo festivais, feiras e exposições, promovendo regiões, restaurantes e produtos locais.
Este projeto é apoiado por patrocinadores, sendo todos os conteúdos criados, editados e produzidos pelo Expresso (veja código de conduta), sem interferência externa.
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