PARAAngela Dorothea Kasner, mais tarde Angela Merkel, esteve presente e participou em sucessivos eventos históricos importantes. Até ao novo milénio foi a queda do muro, a reunificação alemã e a instalação da democracia na antiga RDA. Depois, como chanceler, houve a crise da dívida soberana, a crise dos refugiados, a pandemia da Covid-19 e a invasão da Ucrânia. Se as suas posições relativamente à dívida dos países do sul da Europa fizeram dela uma figura amaldiçoada para muitos europeus, na crise dos refugiados a reacção negativa veio do seu próprio país, e não seria exagero considerar que a sua carreira política terminou, no longo prazo. correr. . Aquele “wir shaffen das” (“conseguimos”) com que em 2015 Merkel assumiu a intenção e a obrigação de acolher refugiados de países do Médio Oriente em guerra caiu mal a muitos alemães, e a verdade é que poucos líderes seriam capazes de faça isso. sobreviver a uma reação semelhante. Nem mesmo uma líder com a aura de pessoa sólida, equilibrada, razoável, racional – numa palavra, alemã – que ela tinha. Se Merkel era a Mutti por excelência, muitos alemães rapidamente passaram do amor maternal ao hábito de culpar a mãe por tudo o que deu errado a partir de então.
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Endless Thinker
