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Enfrentando o medo da água: refugiados aprendem a nadar em Lesbos

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A YSR tem suas raízes na natação, explica Estelle Jean, fundadora e diretora executiva da organização. “Em 2016, milhares de pessoas chegaram por via marítima, especialmente na parte norte da ilha, onde a costa turca fica a apenas 12 km. [7.5 miles] distante. As equipes de resgate foram formadas espontaneamente.”

A situação motivou o nascimento do programa de natação em Lesbos em 2017, explica. O objetivo era ensinar natação, mas também proporcionar uma oportunidade para os socorristas e para aqueles que cruzaram o mar se reconectarem com ele, especialmente após uma experiência traumática.

A YSR começou oficialmente em 2018 e agora opera em quatro locais, os outros três em Ioannina, Atenas e Paris, França. Em Lesvos, as aulas diárias de natação são ministradas de maio a outubro, se o tempo permitir, e estão abertas a homens e mulheres (incluindo aulas apenas para mulheres). Cada grupo tem pelo menos um instrutor que monitora cuidadosamente os alunos.

Mitali Desai ensina Hossein* a flutuar, fazendo-o deitar de bruços na água. [Giacomo Sini/Al Jazeera]

“Eles estão melhorando a cada dia”, diz Sara Balamurugan, instrutora voluntária da França. Três alunos mais jovens praticam movimentos de pernas na praia, enquanto dois iniciantes praticam flutuação na água. Enquanto isso, dois estudantes avançados se aprofundam no mar com outro instrutor.

Salah retorna à costa dando o golpe de borboleta, levantando a cabeça e os braços a cada dois chutes. Luiza Lena Benz, treinadora de natação, avisa que ele precisa corrigir a posição das mãos e mostra o método correto. Salah escuta com atenção e depois se senta na praia para descansar.

“Adoro nadar”, diz Salah, sorrindo. “Estou muito bem, sabe? “Posso nadar lá”, diz ele, apontando para as montanhas azuis além do mar. “Eu vim da Turquia nadando”, ele continua, seu tom se tornando mais sério. “Demorou seis horas. “Tem sido difícil, mas tive um carro alegórico que me ajudou.”

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Endless Thinker

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