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Moçambique: Venâncio Mondlane entre os acusados ​​de "conspiração"

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O presidente do partido Revolução Democrática (RD), Vitalo Singano, dissidente da Renamo, é acusado de “conspiração” num crime de “alteração violenta do Estado de Direito”, que visa também o candidato presidencial Venâncio Mondlane, segundo o Procuradoria-Geral da República de Moçambique.

Segundo fonte da Procuradoria-Geral da República (PGR), trata-se de um processo-crime que corre no Gabinete Central de Combate ao Crime Organizado e Transnacional (GCCCOT), depois de terem sido encontrados “elementos acionáveis” contra o presidente do RD “em envolvimento”, em “coordenação com um conjunto de indivíduos, em geral”, incluindo membros das Forças de Defesa e Segurança (FDS) e partidos políticos, “para mobilizar e recrutar “mais elementos das FDS” e mais pessoas com experiência militar, especialmente em situação de reserva”.

Este recrutamento teve como objectivo “o assalto a algumas unidades militares e policiais, a destruição da Estrada Nacional EN 1 com recurso a bombas caseiras (Cocktail Molotov) e dinamite utilizada para explodir rochas na exploração mineira, de forma a impedir a vinda de qualquer apoio militar ou policial”. da área”. região centro ou norte enquanto o ataque à Ponta Vermelha foi realizado [residência oficial do Presidente da República]na acção que teria lugar no dia 7 de Novembro de 2024″, refere a PGR, em referência à “marcha sobre Maputo”, convocada para esse dia pelo candidato presidencial Venâncio Mondlane, que contesta os resultados das eleições gerais de 9 de Outubro .

Segundo a PGR, neste processo três arguidos foram detidos e transferidos para o Tribunal Judicial da cidade de Maputo, para primeiro interrogatório, e a medida de prisão preventiva foi aplicada ao presidente do RD, grupo político formado por ex- guerrilheiros dissidentes da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo) -, libertação sob fiança para outro e liberdade provisória com Termo de Identidade e Residência (TIR)​​para o terceiro.

No entanto, diz-se que no mesmo processo estão arguidos “outros arguidos que se encontram foragidos, entre eles o candidato presidencial Venâncio António Bila Mondlane”.

“Acusam os arguidos, entre outros, da prática dos crimes de formação de quadrilha para a prática de crime ou de formação de quadrilha para prática de crime contra a segurança do Estado e de alteração violenta do Estado de Direito”, acrescenta a PGR.

Pelo menos 25 pessoas morreram e outras 26 foram baleadas nos últimos cinco dias de manifestações para contestar os resultados das eleições gerais em Moçambique, indica uma atualização da plataforma eleitoral Decide, publicada hoje.

As mortes e tiroteios ocorreram entre 13 e 17 de Novembro, em pelo menos cinco províncias de Moçambique, durante a quarta fase de greves convocadas pelo candidato presidencial Venâncio Mondlane, que contesta a vitória de Daniel Chapo, candidato apoiado pela Frente de Libertação do Moçambique (Frelimo, no poder), que venceu com 70,67% dos votos, segundo os resultados anunciados pela Comissão Nacional Eleitoral (CNE).

Segundo a plataforma de monitorização eleitoral, ocorreram também 135 detenções em Moçambique na sequência dos protestos, a maioria das quais registadas na Zambézia, centro do país, com um total de 25 detidos.

Venâncio Mondlane, que ficou em segundo lugar com 20,32% dos votos, segundo a CNE, afirmou que não reconhece os resultados das eleições, que ainda devem ser validados e proclamados pelo Conselho Constitucional, que não tem prazos para faça isso. bem e ainda está analisando o litígio.

Depois dos protestos que paralisaram o país nos dias 21, 24 e 25 de Outubro, Mondlane voltou a apelar à população para uma greve geral de sete dias, a partir de 31 de Outubro, com protestos nacionais e uma manifestação concentrada em Maputo no dia 7 de Novembro, o que causou caos na capital, com registro de mortes, barricadas, pneus queimados e policiais atirando e lançando gás lacrimogêneo ao longo do dia para dispersar os manifestantes.

Fuente

Endless Thinker

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