Corria o verão de 2014, final de agosto, o Banco Espírito Santo já tinha sido alvo de resolução, e as suas sucursais já se chamavam Novo Banco há alguns dias, tal como a sucursal da cidade da Ericeira. E foi na Ericeira por onde Fernando Antunes, sócio de auditoria da KPMG, caminhava quando recebeu um telefonema de que ainda se lembra. Foi um colega seu quem lhe transmitiu uma mensagem: os veículos que contribuíram para os prejuízos do BES e provocaram o seu desaparecimento poucos dias antes, em 3 de agosto de 2014, foram auditados pela KPMG Jersey.
Euroaforro, Poupança Plus e Top Renda foram os veículos criados naquele paraíso fiscal, cuja relação com o BES levantou suspeitas ao auditor nas últimas semanas de Julho desse ano, e que a KPMG considerou que deveriam ser consolidados nas contas do BES porque o banco que , em sua opinião, exerceu controle. Veículos que causaram prejuízos e que foram auditados pela KPMG Jersey, mas dos quais a KPMG em Portugal afirma não ter conhecimento na altura.
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Endless Thinker