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Autoridades venezuelanas libertam 131 presos políticos

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Um total de 131 presos políticos venezuelanos, detidos após as eleições presidenciais de 28 de julho, foram libertados desde sábado pelas autoridades, segundo a organização não governamental (ONG) Foro Penal.

Após as libertações, 1.700 pessoas continuam detidas no país por motivos políticos, segundo a mesma fonte.

“Na PF registramos e verificamos 131 liberações, realizadas por meio de revisão de medidas solicitadas pelo Ministério Público”, anunciou o diretor da ONG, Alfredo Romero, em sua conta X.

Na mesma rede social, Romero explica que os presos libertados serão presentes à justiça esta segunda-feira, “para que lhes possam ser aplicadas medidas alternativas à prisão”.

“Para a maioria deles não há liberdade plena e os processos judiciais continuam”, destaca.

De acordo com o Fórum Penal, 26 homens adultos foram libertados da prisão de Yare 3, onde ainda estão detidos mais de 200 presos políticos.

Por outro lado, mais de 86 homens foram libertados da prisão de Tocorón, todos adultos, e mais de 800 pessoas continuam detidas.

Também ocorreram libertações nas prisões de La Guaira e Tocuyito e no Centro de Formação de Presas La Crisálida.

Entretanto, o Comité para a Liberdade dos Presos Políticos informou através das redes sociais que ainda não chegaram as ordens de libertação de vários detidos em Tocuyito.

“Mães e familiares aguardam a libertação dos seus presos políticos em Tocuyito. Ontem [sábado]Foram informados de que mais de 80 prisioneiros seriam libertados e hoje lhes é negada a entrega de boletins de libertação. Os funcionários penitenciários dizem que o Ministério do Poder Popular do Serviço Penitenciário ainda não os emitiu”, relatou em X.

As libertações começaram no sábado, um dia depois de o Ministério Público ter anunciado que iria rever os casos de 225 das 2.400 pessoas que foram detidas na sequência dos protestos contra os resultados das eleições presidenciais de 28 de julho, nas quais Nicolás Maduro foi declarado reeleito. e que a oposição contesta.

Em 12 de novembro, o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, pediu às autoridades locais que revisassem os processos judiciais dos adolescentes detidos nos protestos pós-eleitorais presidenciais de 28 de julho, admitindo a possibilidade de ter ocorrido algum tipo de erro processual.

A Venezuela realizou eleições presidenciais em 28 de julho, após as quais o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) concedeu a vitória ao atual presidente do país, Nicolás Maduro, com pouco mais de 51% dos votos, enquanto a oposição afirma que o seu candidato, o ex-diplomata Edmundo González Urrutia obteve quase 70% dos votos.

A oposição venezuelana e muitos países denunciaram a fraude eleitoral e exigiram que os registos de votação fossem apresentados para verificação independente.

Os resultados eleitorais foram disputados nas ruas, com manifestações reprimidas pelas forças de segurança, tendo, segundo as autoridades, mais de 2.400 detidos, 27 mortos e 192 feridos.

Fuente

Endless Thinker

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