Xi Jinping e Joe Biden reuniram-se este sábado, à margem da cimeira anual do Fórum de Cooperação Económica Ásia-Pacífico (Apec), no Peru. Após o tradicional aperto de mão, os dois líderes mundiais reconheceram os “altos e baixos” nas relações entre a China e os Estados Unidos nos últimos quatro anos.
O mais notável, porém, foi a noção de que o que ficou para trás é menos importante que o futuro. “A China está disposta a trabalhar com a nova administração dos EUA para manter a comunicação, expandir a cooperação e gerir as diferenças, de modo a lutar por uma transição suave da relação China-EUA”, disse Xi Jinping, citado pelo jornal britânico “Guardian”. Nem foi necessário mencionar o nome de Donald Trump.
O líder chinês também falou de preocupações renovadas sobre novas guerras comerciais e tensões diplomáticas que as políticas da nova administração dos EUA enfrentarão a partir de Janeiro, especialmente agora que o novo presidente dos EUA prometeu a adoção de tarifas de 60% sobre todas as importações da China. Ji Xinping No entanto, ele disse que os dois países devem “injetar mais certeza” num mundo turbulento.
Jo Biden, desde o início, defendeu que A competição estratégica entre as duas potências globais não deve transformar-se em guerra. “Os nossos dois países não podem permitir que esta competição se transforme em conflito. É nossa responsabilidade e, ao longo dos últimos quatro anos, penso que demonstrámos que é possível ter esta relação”, afirmou, citado pela BBC.
Biden também reconheceu no sábado que sempre houve divergências com Xi Jinping, mas acrescentou que as discussões foram “francas” e “sinceras”. E refira-se que ambos quiseram realizar a reunião na tentativa de ambos os líderes destacarem os pontos de encontro, em vez de repetirem as diferenças, apontando asAcordos sobre a necessidade, por exemplo, dos seres humanos, e não da inteligência artificial, manterem o controle sobre o uso de armas nucleares conquistaram o consenso de Biden e Ji Jinping.
Depois do Peru, Joe Biden segue para o Brasil, onde deverá chegar este domingo à cidade de Manaus, onde espera abordar a situação da floresta amazónica, devastada por uma grave seca, e reunir-se com lideranças indígenas. Ji Jinping, por sua vez, também está indo ao Brasil para participar da reunião do G20, mas ao chegar em Lima inaugurou um porto de águas profundas em Chancay, um dos investimentos em infraestrutura mais ambiciosos de Pequim na América Latina e aproxima a Ásia e a América do Sul.
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Endless Thinker