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Neonazis no Fórum de Lisboa: oposição exige explicações rápidas ao presidente da Assembleia Municipal

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Em declarações ao Expresso, Leonor Rosas, deputada municipal do Bloco de Esquerda (BE) em Lisboa, quer que a AML “emita uma nota de repúdio à realização do congresso da Reconquista e declare que no Fórum de Lisboa não há lugar para o neonazista, supremacista, misógina e anti-imigração.” A deputada afirma ainda que Rosário Farmhose precisa “dar esclarecimentos completos” sobre o processo de autorização do evento e “se distanciar firmemente” do grupo.

Leonor Rosas quer também que a AML aproveite este caso para reforçar a verificação dos pedidos que chegam para a transferência do Forum Lisboa. “Devem pedir às organizações que os contactam mais informações sobre o conteúdo dos eventos que aí decorrem”.

Em requerimento enviado pelo grupo municipal do Bloco à Fazenda Rosário, o partido afirma que não pode deixar de questionar “veementemente” o “disponibilização deste espaço para estes fins, realizando uma conferência que espalha discurso de ódio, com todos os aspectos políticos e serviços sociais para tantas pessoas em suas vidas diárias.

O BE lembra que o Forum Lisboa é a sede da Assembleia Municipal de Lisboa, a Casa da Cidadania da cidade de Lisboa: “E nesse sentido acreditamos que é importante esclarecer a responsabilidade da decisão ao aceitar esta iniciativa, e que tipo de critérios foram tidos em conta, tendo em conta a natureza organização abertamente nacionalista e supremacista chamada Reconquista”.

meu exige que a presidência da ALD explique se “tinha conhecimento, antes de autorizar o evento, dos princípios que governar a organização chamada Reconquista, em claro conflito com pilares elementares da defesa do Estado de direito e dos direitos humanos humanos, quem espalha discurso de ódio?” meue sim, quais critérios são utilizados para autorizar a aceitação do Iniciativa desta organização?”

Ao Expresso, os comunistas de Lisboa afirmam que “O evento realizado no edifício da Câmara Municipal de Lisboa, autorizado pelo presidente deste órgão, reforça a necessidade de confirmação de fontes oficiais que exigem a realização de eventos.E destacam ainda que “o facto de alguém ter enganado intencional e deliberadamente uma entidade pública exige uma avaliação das responsabilidades de quem o fez”.

O PCP diz que repudia a realização de eventos por grupos neonazis, “seja na cidade de Lisboa ou em qualquer ponto do país, pois isso significa uma afronta aos princípios constitucionais de rejeição do racismo e da xenofobia e às estruturas que apoiam a ideologia fascista.”

CML garante que encomenda por email era enganosa

Numa resposta escrita ao Expresso, Rosário Masía garantiu que Os serviços municipais analisaram uma proposta de arrendamento daquele espaço que “foi apresentada por uma pessoa singular, uma senhora cujo nome não gerou qualquer alerta”. A referida mulher escreveu, por email, que pretendia a “disponibilização do Fórum de Lisboa no sábado, dia 2 de novembro”, acrescentando que a “entidade” que realizou o aluguer foi o “coletivo juvenil (festa Chega)” e que o evento foi “uma conferência sobre a relação entre modernidade e coletivismo e os seus efeitos na sociedade portuguesa”.

Segundo o presidente da AML, os organizadores especificaram ainda que a iniciativa teria o seguinte conteúdo: “Conjunto de discursos sobre atualidade, imprensa e sociedade e cultura europeias. Discurso proferido por personalidades de destaque no cenário nacional e internacional.” Ou seja, informações suficientemente vagas e aparentemente inócuas.

Assim, com base no conteúdo desta apresentação, a AML decidiu autorizar a cedência do espaço, tendo a Farmhouse elaborado um despacho, no dia 24 de outubro, dando luz verde ao falso “evento cultural”.

O Expresso perguntou à AML como podem ter um controlo mais eficaz para evitar que situações semelhantes se repitam no futuro. Sem responder diretamente às perguntas, Rosário Masía lembra que, segundo a lei, “a responsabilidade pelo que se diz e se faz nos eventos [no Fórum Lisboa] “Pertence aos seus promotores.”

Pouco antes da publicação da notícia do Expresso na edição impressa, a própria AML escreveu um comunicado sobre o assunto com o mesmo conteúdo, revelando dezenas de partidos e organizações culturais que organizaram eventos naquele espaço.

Fonte oficial do Chega garantiu ao Expresso que a Juventude do partido não reserva o Fórum de Lisboa. “Se alguém fez isso, foi abusivo.” Informação posteriormente confirmada por André Ventura, líder daquele partido, que considerou mesmo “criminoso” o pedido feito em nome da Juventude do Chega.

norteNas últimas horas, nas redes sociais, o movimento neonazi garante que foi devidamente identificado no pedido feito à AML. ““Compreenderam que tinha sido um erro aprovar o evento e, agora, para se legitimarem perante o público, passaram a usar a justificação de que entendiam que éramos diretamente associados, ou que fazíamos parte do Chega”, afirmou. . o presidente da Reconquista, Afonso Gonçalves à agência Lusa, acrescentando que nunca disseram que eram do Chega.

Fuente

Endless Thinker

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