Israel atacará qualquer tentativa de transportar armas da Síria para o Hezbollah, disse o porta-voz militar israelense na quinta-feira, de acordo com o agência Reuters.
“Estamos identificando foguetes e outras armas que o Hezbollah está lançando em território israelense e que foram fabricadas na Síria”, disse o contra-almirante Daniel Hagari aos repórteres. “Atacaremos todas as tentativas de trazer armas da Síria para o Hezbollah.”
Hagari acrescentou que o exército tem realizado ataques aéreos desde os subúrbios de Beirute e do reduto do Hezbollah, Dahiyeh, até Damasco.
A agência de notícias estatal da Síria informou na quinta-feira um ataque aéreo israelense que atingiu uma ponte no país, perto da fronteira com o norte do Líbano. Israel confirmou os ataques de quinta-feira na Síria, que deixaram 15 mortos e 16 feridos, e disse que tinham como alvo a Jihad Islâmica Palestina, uma milícia que acusou de ajudar o grupo libanês Hezbollah. Segundo o exército israelita, os ataques tiveram como alvo “edifícios militares e quartéis” da Jihad Islâmica. A agência de notícias oficial da Síria, Sana, informou que os ataques tiveram como alvo o bairro de Mazzé, em Damasco, e a cidade de Qudsaya, ao norte da capital.
O Exército israelita também assumiu a responsabilidade pelas mortes de mais de 200 supostos membros do movimento xiita libanês Hezbollah, na semana passada, em operações terrestres e aéreas contra o sul do Líbano. Segundo Beirute, 3.300 libaneses morreram na sequência das hostilidades que começaram em Outubro do ano passado e pioraram desde Setembro.
Israel queixa-se de que dos 3.300 mortos, cerca de 2.500 eram membros das milícias do Hezbollah (Partido de Deus). O exército israelita exigiu também a eliminação, após as últimas operações, de três comandantes do Hezbollah: um do batalhão da região costeira e dois da força Radwan, um dos quais era da unidade de mísseis antitanque.
O Exército também indicou que na última semana mais de 140 plataformas de lançamento de mísseis foram desmanteladas no sul do Líbano.
Guerra no Oriente Médio
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⇒ Cerca de 100.000 casas foram danificadas no Líbano, principalmente no sul, durante o conflito entre Israel e o Hezbollah, segundo uma estimativa do Banco Mundial, que avalia “danos e perdas” em 8,5 mil milhões de dólares. Num estudo publicado esta quinta-feira, abrangendo o período entre outubro de 2023 e outubro de 2024, verifica-se que “o custo dos danos físicos e das perdas económicas devido ao conflito no Líbano é estimado em 8,5 mil milhões de dólares” (oito mil milhões de euros).
⇒ O Governo alemão rejeitou a proposta do chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell, de cortar o diálogo político com Israel, em resposta às violações dos direitos humanos nas ofensivas militares em Gaza e no Líbano. Borrell pretende apresentar na próxima segunda-feira aos ministros dos Negócios Estrangeiros da UE uma proposta para que a UE invoque a cláusula dos direitos humanos para suspender o diálogo político com o Governo israelita liderado pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, depois de Espanha e Irlanda terem apelado, no início de 2024, a uma revisão questão de saber se Israel estava a cumprir todas as secções do Acordo de Associação.
⇒ Um comité especial da ONU que investiga alegados abusos israelitas nos Territórios Ocupados declarou que os métodos de guerra utilizados por Israel na Faixa de Gaza “correspondem às características do genocídio”. O comité concluiu que, “desde o início da guerra” em Outubro de 2023, “as autoridades israelitas têm apoiado publicamente políticas que privam os palestinianos das necessidades mais básicas da vida”, incluindo alimentos, água e combustível.
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Endless Thinker