Existem cerca de 128 mil tibetanos no exílio, a maioria deles na Índia (mais de 94 mil). Um número pequeno em comparação com os seis milhões que vivem sob o controlo do governo chinês no planalto tibetano desde 1950: dois milhões na Região Autónoma, quatro milhões noutras regiões chinesas.
O líder espiritual tibetano Dalai Lama viveu mais tempo no exílio do que no Tibete. Depois de uma rebelião fracassada contra o governo chinês, refugiou-se no norte da Índia, em Dharamsala, em 1959. As tentativas de chegar a um acordo com a China para que o Tibete tivesse maior autonomia e fosse governado como uma região única terminaram em frustração. Em 2011, o Dalai Lama anunciou que abdicaria dos seus deveres políticos no governo tibetano no exílio e transferiria esse poder para um representante eleito. É a comunidade no exílio que elege o líder da Administração Central Tibetana, conhecido como ‘sikyong’.
Atualmente, a liderança da Administração Central Tibetana está nas mãos de Penpa Tsering, que veio a Portugal e disse ao Expresso que pretende concorrer nas próximas eleições mas não fará campanha para um segundo mandato. “As pessoas têm que julgar meu trabalho, não minhas palavras”, diz ele.
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Endless Thinker