O secretário-geral socialista defendeu esta segunda-feira que é tempo de as pessoas avançarem com as suas candidaturas presidenciais e depois o PS decidirá o seu apoio, recusando cometer “o erro” de voltar a falar em nomes.
“Temos que dar espaço às pessoas para estarem disponíveis e depois o PS decidirá quem apoiar. Temos como referências homens da estatura de Mário Soares e Jorge Sampaio, que são para nós referências na hora de escolher quem vamos apoiar nas próximas eleições presidenciais”, respondeu aos jornalistas, à margem de uma conferência da CNN Portugal.
Questionado sobre se havia alguém na lista de supostos candidatos que merecesse a sua preferência, o líder do PS respondeu que cometeu o “erro uma vez na CNN de falar de nomes”, numa referência a uma entrevista que concedeu àquele canal de televisão que referiu o nome de António José Seguro, argumento que o antigo líder socialista utiliza agora no anúncio de que está a estudar uma candidatura.
“Não vou falar sobre nomes. Temos tempo para as pessoas se disponibilizarem, para o PS refletir e depois decidir sobre o seu apoio. Com serenidade, mas firmeza e com muita vontade de ganhar as eleições presidenciais, agora ganhamos também a Câmara Municipal de Lisboa”, afirmou.
Esta é a entrevista concedida à TVI/CNN no início de Outubro, em que Pedro Nuno Santos considerou que o governador do Banco de Portugal, Mário Centeno, seria um “bom candidato” à Presidência da República, mas que António José Claro, António Vitorino ou Ana Gomes são também outros bons nomes.
Mário Centeno, num painel perante Pedro Nuno Santos na conferência desta segunda-feira, foi também questionado pelo jornalista inglês Richard Quest sobre uma possível candidatura de Belém.
“Mudanças acontecem. Às vezes não são esperadas, outras vezes não são esperadas. Mudanças ocorreram na minha vida nos últimos 10 anos. Algumas delas foram inesperadas. Não tenho medo da mudança”, respondeu o governador do Banco de Portugal. Portugal.
Esclarecendo que está neste momento “muito concentrado” no seu trabalho como governador, Centeno lembrou ao Quest que já o entrevistou como ministro das Finanças, como presidente do Eurogrupo e como governador.
“Minhas respostas sempre foram as mesmas e estou sempre focado no que estou fazendo agora. É uma boa pergunta, mas minha resposta é a mesma”, disse ele simplesmente.
António Vitorino, nome também citado por Pedro Nuno Santos na mesma entrevista, não deixa de lado um cenário presidencial. “Ainda não é o momento” foi a resposta que deu a este respeito.
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Endless Thinker