Oficial de infantaria, o coronel Péron foi eleito presidente da Argentina pela primeira vez em 1946. Fundou então o partido Justicialista e iniciou uma política baseada nas ideias de justiça social, soberania política e independência económica da Argentina.
Nos primeiros anos da sua presidência, a popularidade de Péron, especialmente entre os trabalhadores agrícolas e industriais, deveu-se não só à legislação progressista que promulgou, mas também ao carisma e acção da sua esposa, Eva Péron, que morreu prematuramente em 1952.
Em 1955, Perón foi afastado do poder por um golpe militar. Seguiram-se 18 anos de exílio, parcialmente passados na Espanha de Franco. O peronismo evoluiu então por caminhos diferentes, muitas vezes contraditórios, e em alguns casos recorrendo à violência.
Arquivo / Era das Notícias da América Latina
Em 1972, Perón finalmente retornou à Argentina e, no ano seguinte, foi eleito pela terceira vez para a presidência da República. O contexto internacional foi substancialmente diferente das eleições anteriores, e a crise do petróleo e o golpe de Pinochet no Chile influenciaram a sua nova abordagem à política.
Juan Domingo Péron faleceu em julho de 1974, poucos meses depois de assumir a presidência da República, tendo sido sucedido por sua terceira esposa, María Estela Martínez, até então vice-presidente. Seria demitido em março de 1976 pela junta militar presidida pelo general Jorge Videla.
Porém, a personalidade carismática e polêmica de Perón tomou forma na Argentina e, já na democracia, inspirou figuras polêmicas, como os presidentes Carlos Menem, Néstor e Cristina Kirchner.
Um diálogo descontraído sobre a História, seus maiores personagens e acontecimentos. ‘A história se repete’ não é uma aula, mas tem como objetivo despertar a curiosidade sobre o passado e construir pontes com o presente. Todas as semanas Henrique Monteiro e Lourenço Pereira Coutinho partem de um ponto que pode levar a muitos outros… Assim são as boas conversas. Ouça outros episódios aqui:
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Endless Thinker
