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Grávida de Murtosa: MP acusa ex-companheiro de homicídio e reconstrói crime

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O Ministério Público (MP) de Aveiro apresentou acusação contra o homem que foi detido pela Polícia Judiciária (PJ) por suspeita de ter matado uma mulher grávida na Murtosa, informou esta quarta-feira a Procuradoria Distrital do Porto (PGDP).

Numa nota publicada no seu site, o PGDP afirma que a acusação, datada de 4 de novembro, acusa os arguidos da prática dos crimes de homicídio qualificado, aborto, profanação de cadáver, acesso ilegítimo e aquisição de moeda falsa para colocação em circulação.

Segundo a mesma nota, o MP solicitou que o julgamento fosse realizado em Tribunal do Júri dada a “repercussão social do caso e a importância da participação da comunidade na administração da justiça”.

O MP também ajuizou pedido de indenização contra os acusados, no valor global de R$ 200 mil, para ressarcir os danos causados ​​aos filhos da vítima, cujo corpo até o momento não foi localizado.

O arguido foi detido pela PJ em novembro de 2023 e, depois de presente no primeiro interrogatório judicial, foi colocado em prisão preventiva, antes de ser colocado em prisão domiciliária um mês depois.

O crime, segundo a acusação do MP, ocorreu no dia 3 de outubro de 2023, na residência do arguido situada na Torreira, concelho da Murtosa, distrito de Aveiro.

Segundo a investigação, o arguido e a vítima mantiveram uma relação íntima durante cerca de um ano (que a vítima sempre tentou manter em segredo), pelo que esta engravidou.

O MP diz que o arguido decidiu matar a vítima e o feto que carregava depois de esta lhe ter informado que estava grávida, em 29 de setembro de 2023, para evitar que lhe fosse atribuída a paternidade e o benefício dos seus bens.

Para isso, “elaborou um plano que incluía livrar-se do seu corpo e do feto, eliminar os contactos que o ligavam a ele e os vestígios da sua morte, e desviar de si quaisquer suspeitas dos crimes”, descreve o parlamentar.

Da preparação ao crime

Nos dias seguintes, o arguido teria investigado como apagar conversas com a vítima das redes sociais e adquirido um cartão SIM pré-pago para colocar num telemóvel antigo sem ligação à Internet, com o qual teria agendado o encontro com a vítima. vítima de 3 de outubro.

A acusação do MP diz ainda que nesse dia, pouco depois das 21:00, a vítima encontrou o arguido perto da sua residência, munida de ecografias da sua gravidez, e acompanhou-o até ao apartamento da Torreira, onde “matou a vítima e o feto que aí se encontrava”. . consequência.”

“Pouco depois, na madrugada do dia 4 de outubro e nos dias seguintes, o arguido desfez-se do corpo da vítima, levando-o para local desconhecido, escondendo-o e impedindo que fosse encontrado”, acrescenta a nota do Ministério Público, acrescentando que o O arguido desfez-se ainda de todos os seus pertences e de um tapete da sala do apartamento e realizou operações de limpeza profunda no interior do apartamento e nas zonas comuns.

Segundo a denúncia, o arguido terá acedido ao telemóvel da vítima e, fazendo-se passar por ela, enviou duas mensagens nas redes sociais a um terceiro indivíduo, insinuando que a estava a ameaçar, e também contactou a família da vítima, negando qualquer encontro com ela. .

Fuente

Endless Thinker

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