O BE propôs hoje a revogação dos dois pedidos de autorização legislativa constantes da proposta de Orçamento do Estado para 2025 que permitiriam ao Governo alterar a legislação laboral em funções públicas.
Em conferência de imprensa na Assembleia da República, o líder parlamentar do BE, Fabián Figueiredo, anunciou que o partido deu prioridade, no início da discussão sobre a especificidade do projecto orçamental, a propor a revogação dos pedidos de legislatura. autorização que, argumentou, se destina a permitir ao executivo modificar a legislação laboral geral em funções públicas “sem informar o parlamento o significado e o alcance dessas mudanças”.
Estão em discussão os artigos da proposta de Orçamento do Estado para 2025 que autorizam, por exemplo, o executivo a criar um projeto piloto no domínio do sistema integrado de gestão e avaliação do desempenho dos serviços, gestores e trabalhadores, independentemente da sua forma de constituição. . da relação jurídica de emprego público.”
A questão foi levantada pela esquerda ao longo do debate, ao que o presidente do Governo, Luís Montenegro, respondeu afirmando que ainda não havia “solução definitiva em algumas áreas”, mas que a intenção do Governo era alterar “aspectos mais administrativos “e burocrático.”
O líder parlamentar do Bloco destacou que estas “autorizações legislativas permitem a revisão da lei de greve, férias, avaliação e doença” e sustentou que se trata de uma “técnica legislativa inconstitucional” – a mesma acusação já feita pelo líder parlamentar do Bloco PS, Alexandra Leitão, no debate orçamental.
“Uma autorização legislativa, quando se trata da Assembleia da República, quando é matéria exclusiva da Assembleia da República, como é o caso, deve tê-la, deve conter o decreto-lei do Governo”, argumentou. .
O deputado apelou às outras forças políticas para que votem a favor das propostas do BE para que “aquelas duas armadilhas contidas no Orçamento do Estado não avancem” e disse que tem o apoio dos socialistas nesta matéria, dada a oposição aos pedidos de medidas legislativas. a mudança já foi demonstrada ao longo do debate orçamental.
Fabián Figueiredo afirmou que PSD e CDS “têm um histórico de desproteção, de desregulamentação, de redução de direitos dos funcionários públicos” e que não se pode dar a ambos os partidos “um cheque em branco” para fazerem alterações na função pública laboral lei.
O deputado criticou ainda o que considera um “estranho projecto-piloto de alteração do sistema de avaliação” dos funcionários públicos, lembrando que o “sistema de avaliação afecta directamente a progressão profissional e a melhoria salarial” destes trabalhadores.
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Endless Thinker