A terça-feira, 29 de outubro, amanheceu diferente para cada valenciano, mas terminou igual para todos. Cláudia e Álvaro, por exemplo, começaram o dia na sua casa, no bairro central de Ruzafa, com o habitual ritual de exercícios de ioga e saudações ao sol, mas estavam absortos na observação da massa de enormes nuvens que chegava ameaçadoramente do sudoeste da capital. Na verdade, todos os viram. Aquelas nuvens estavam ali há vários dias, mudando como uma couve-flor cinzenta e fofa sacudida pelo vento. Pareciam brotar do fundo do abismo e desde domingo não pararam de crescer. «Já sofremos várias cheias enormes mas não esperávamos que o que aconteceu acontecesse. “Estamos devastados e muito zangados com a gestão da tragédia pelos políticos”, dizem.
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Endless Thinker