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Investigação sobre transporte para assembleias de voto, comissão eleitoral alvo de ataque cibernético

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Depois de numerosos avisos sobre a interferência russa, a polícia da Moldávia lançou uma investigação sobre o transporte em massa de eleitores para as assembleias de voto, alegadamente organizado pela Rússia para cidadãos moldavos que aí viviam durante a segunda volta das eleições presidenciais. Entretanto, a Comissão Eleitoral Central anunciou que tinha sido alvo de um ataque cibernético.

Hoje realiza-se na Moldávia a segunda volta das eleições presidenciais, nas quais será medido o atual presidente pró-europeu Maia Sandu e um ex-procurador Alexandre Stoianogloapoiado por socialistas pró-Rússia. Muitos vêem as eleições como uma escolha entre o futuro da Europa e um regresso à influência russa.

Na primeira volta das eleições, que teve lugar em 20 de Outubro, ao mesmo tempo que o referendo sobre a adesão da Moldávia à UE, Sandu, de 52 anos, recebeu o maior número de votos, 42 por cento, dos onze candidatos. Stoianoglo, que demitiu Sandu do cargo de procurador-geral no ano passado, obteve pouco menos de 26% dos votos.

Eleições na Moldávia
FOTO: AP

As assembleias de voto estarão abertas hoje das 7h00 às 21h00 locais (6h00 às 20h00 CET) no país com cerca de 2,5 milhões de habitantes. Tal como anunciado pelas autoridades eleitorais em Chisinau, todas as assembleias de voto foram abertas sem demora. Os primeiros resultados parciais podem ser esperados uma hora após o encerramento dos locais de votação. Segundo agências de notícias estrangeiras, espera-se um resultado próximo, já que Stoianoglo conseguiu conquistar o apoio de outros candidatos derrotados.

A polícia moldava anunciou que existem suspeitas fundadas de transporte organizado de eleitores para as assembleias de voto no país e no estrangeiro. Por isso iniciaram uma investigação, porque é crime levar eleitores às assembleias de voto. O objetivo da pesquisa é a conservação “a integridade do processo eleitoral e a garantia de que todos os votos sejam emitidos livremente, sem pressão ou influência indevida”, as declarações da polícia moldava foram resumidas pela agência de notícias francesa AFP.

Os moldavos também votam noutros países e, num dos vídeos que circulam nas redes sociais, muitos passageiros do avião levantam os passaportes. A agência de notícias bielorrussa Belta informou que um avião transportando moldavos de Moscovo aterrou na Bielorrússia. Espera-se também que a Rússia permita que os cidadãos moldavos votem no Azerbaijão e na Turquia.

Moldávia elege - assembleia de voto em Berlim
Moldávia elege – assembleia de voto em Berlim
FOTO: AP

Questionados pela agência Belga, os eleitores afirmaram que vieram votar em Minsk devido às restrições na Rússia, onde apenas duas assembleias de voto estariam abertas. Além disso, segundo alguns relatos, apenas 10.000 cédulas foram distribuídas em Moscou. A agência de notícias russa Tass relata viagens espontâneas de moldavos, que estariam dispostos a voar durante várias horas e gastar as suas poupanças para votar.

O presidente pró-europeu da Moldávia tem alertado desde o início sobre a interferência russa, que desta vez seria sem precedentes e envolveria, entre outras coisas, a compra massiva de votos. Diz-se que isto influenciou, entre outras coisas, o referendo sobre o rumo europeu do país no mês passado, quando os eleitores apoiaram por pouco a inclusão da adesão à UE como um objectivo na Constituição. A Comissão Central Eleitoral anunciou que foi alvo de um ataque cibernético. Como o presidente anunciou na conferência de imprensa Angélica Caramano desempenho foi temporariamente reduzido e o recenseamento eleitoral demorou mais do que o normal em algumas mesas de voto. Entretanto, já restabeleceram o pleno funcionamento do sistema, anunciou ela, segundo a agência de notícias austríaca APA.

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Endless Thinker

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