O líder do Chega, André Ventura, disse esta terça-feira que vai apresentar uma proposta no Parlamento para que quem provoque distúrbios e desrespeito na via pública seja considerado “terrorista urbano”. “A lei está errada e temos de a alterar. O que é que o Chega vai fazer sobre isso? Vai equiparar estas pessoas a terroristas urbanos e é isso que vamos fazer e vamos entrar no parlamento”, afirmou André Ventura, em visita na associação Kastelo, em Matosinhos.
Defendendo que o “sistema falhou” na libertação das 22 pessoas detidas por tumultos em vários bairros de Lisboa, André Ventura afirmou que quem provoca desacatos em público “deveria estar em prisão preventiva”. “Temos que mudar a lei e mudar a lei significa transmitir que a violência urbana, tal como os incendiários, deve ser equiparada a terroristas porque então saberemos que serão presos”, disse ele.
Para o líder do Chega, a violência não vai parar até que o país “não tenha a dureza necessária com estas pessoas”. “Penso que enquanto não tivermos a dureza necessária com estas pessoas, enquanto não pudermos dar-lhes o tratamento que merecem dentro da lei, continuaremos a ter violência”, disse.
Questionado sobre a reunião entre o Governo e as associações representativas das diferentes comunidades da Grande Lisboa, Ventura disse respeitar as decisões da tutela, mas considerou que a primeira reunião deveria ter sido com as associações policiais. “O Governo optou por outro modelo, vamos ver o que sai desta reunião, o importante é que surja a paz e a tranquilidade”, notou.
Questionado ainda sobre as declarações que prestou após a morte de Odair Moniz, que originaram uma investigação do Ministério Público e uma queixa-crime, Ventura disse que foi claro na sua declaração e não se arrepende. “Não me arrependo. Estou convencido de que a polícia está certa neste caso”, disse ele.
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Endless Thinker