PARAMesmo quem não era leitor saberá que o semanário “Biltz”, que começou em novembro de 1984, era sobre música. A marca foi uma das pedras importantes na construção da cultura popular urbana e moderna na nova democracia portuguesa, contribuindo para produzir gostos, sinalizar tendências e informar sobre pop e rock. hoje é um lugardepois de ter sido uma revista. No final de 1984 vivíamos tempos de FMI e de Bloco Central, de desemprego, de atrasos salariais, de fome, mas também havia vontade. E uma população muito jovem com enorme energia regenerativa, uma mistura de habitantes locais com dezenas de milhares de ex-colónias de África. Como muitos, a música, o cinema, o vídeo, os pequenos computadores que entretanto surgiram, a moda, os visuais e os espectáculos e locais fortes e simbólicos como o Frágil (inaugurado em 1982) e o Rock Rendez-Vous (em 1980).
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Endless Thinker
