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Confessa ter tentado tirar pacotes de cocaína do navio: mergulhador vai para a prisão

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A audiência principal do julgamento de dois estrangeiros que tentaram recuperar sacos contendo 258 quilos de cocaína de um navio submerso no porto de Koper, em março deste ano, começou no tribunal de Koper. O albanês Edi Bajrami declarou-se culpado e foi condenado a oito anos de prisão. O julgamento contra o brasileiro Romulo De Souza Silva continua no dia 10 de dezembro.

O cargueiro graneleiro Federal Tokoro chegou a Koper vindo do Brasil em meados de março. Já no ancoradouro, a tripulação notou um mergulhador com uma scooter subaquática próximo ao navio. No dia seguinte, quando o navio já estava atracado no cais, o navio ouviu sons de queda no casco do navio, e então mergulhadores foram avistados na água, longe do navio.

A tripulação chamou o serviço de segurança, que informou a polícia, que prendeu o homem Edi Bajrami em Rômula de Souzo Silvo. Eles ainda usavam equipamento de mergulho e traziam consigo uma scooter subaquática e ferramentas. No navio foram encontrados sete pacotes contendo 30 sacos de cocaína com peso total de 258 quilos.

O Ministério Público acusa Bajrami e De Souza Silva de participarem, juntamente com outros desconhecidos, numa organização criminosa internacional com o objetivo de transportar drogas ilegais. Segundo a estimativa do Ministério Público, a associação poderá faturar nove milhões de euros com a venda por grosso da referida quantidade de medicamentos.

Julija afirmou que eles não são culpados

A tarefa dos réus era mergulhar sob o navio, usar uma chave inglesa para afrouxar os parafusos que prendem o filtro de sucção do sistema de bombeamento de água do mar, entrar no porão e retirar os sacos de cocaína de lá, mas eles não conseguiram.

Experimente com mergulhadores
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FOTO: TV POP

Ambos se declararam inocentes em uma audiência em julho. Bajrami, 41, mudou de ideia e aceitou um acordo judicial conforme acordado por seus advogados ex officio Taça Martina e o Ministério Público Nataša Valentič Kuštra. Este último propôs uma pena de prisão de oito anos em troca de uma confissão, e o painel de julgamento aceitou a proposta. O Senado estendeu sua detenção até que o veredicto se tornasse definitivo, mas devido a difíceis circunstâncias financeiras ele foi isento do pagamento de custas judiciais.

De Souza Silva e o seu defensor ex officio Filip Kukovec não conseguiram chegar a acordo com o Ministério Público, embora a audiência em curso tenha sido interrompida duas vezes para negociações. De Souza Silva disse inicialmente que não iria se defender, mas depois respondeu detalhadamente às perguntas.

A história de um brasileiro

O brasileiro de 36 anos disse que teve que fazer a missão em Koper para se livrar das dívidas. Ele explicou que usa drogas regularmente desde os 15 anos. Ele devia 4 mil euros aos fornecedores e destacou que isso é muito dinheiro no Brasil e que poderia ser morto por essa dívida. Ele acrescentou que eles também ameaçaram sua família.

No início deste ano ele estava internado em uma clínica de reabilitação, de onde fugiu em fevereiro. Ele também apontou problemas com transtorno bipolar, que piorou quando ele parou de tomar a medicação após fugir da clínica.

Segundo ele, os traficantes de drogas lhe deram dinheiro para uma passagem de avião em março e lhe disseram para ir a Milão no dia seguinte. De lá ele foi levado para Koper em uma van, embora não soubesse de onde veio.

As testemunhas deverão ser ouvidas na próxima audiência, em 10 de dezembro, e o julgamento continuará em 31 de janeiro.

Na van estavam um motorista albanês e uma mulher que falava italiano. Esteve dois dias no apartamento alugado em Koper e ao lado dele estava o referido motorista e esposa Bajrami, outro homem da Albânia e que, segundo ele, parecia um chefe porque lhes dava instruções. Este último também foi o único com quem De Souza Silva conversou, já que este patrão falava português. Ele e Bajrami se comunicavam apenas por meio de gestos, explicou.

Eles embarcaram pela primeira vez no dia 13 de março e ficaram no mar por três ou quatro horas. Conforme explicou De Souza, eles nadaram na superfície e só afundaram perto do navio. Eles não conseguiram encontrar acesso ao casco do navio, então voltaram para terra. Após retornar ao apartamento, o suposto patrão ligou para o Brasil, e o líder da quadrilha exigiu que voltassem ao navio e encontrassem as malas a todo custo. No segundo dia, apenas conseguiram soltar um dos parafusos que os impediam de entrar e foram posteriormente descobertos, disse Da Souza Silva, acusado de um crime punível com cinco a 15 anos de prisão.

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Endless Thinker

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