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O duplo homicídio político em Moçambique “deu visibilidade externa à fraude e à violência": há condenação internacional e promessa de vingança

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O assassinato de Elvino Dias e Paulo Guambe na noite de sexta-feira, em Maputo, “é, evidentemente, um crime de natureza política”, afirma ao Expresso Pedro Esteves, sócio-gerente da consultora África Monitor. As declarações vão ao encontro do que já disse o presidente do partido moçambicano Podemos (que considera que ambos “foram assassinados por razões políticas”), da União Europeia (“numa democracia não há lugar para assassinatos com motivação política”) e o ex-ministro português João Cravinho, que chefiou a Missão de Observação Eleitoral da CPLP – Comunidade dos Países de Língua Portuguesa em Moçambique (“não é possível dissociar” o duplo homicídio “do processo eleitoral”), entre outros.

Elvino Dias, conselheiro jurídico do candidato presidencial Venâncio Mondlane, e Paulo Guambe, representante do partido Podemos, foram mortos a tiro na Avenida Joaquim Chissano, no centro de Maputo, segundo fontes no terreno noticiadas pela agência Lusa. uma emboscada de homens armados ao carro em que ambos se encontravam, depois das 23h00 locais (menos 1h00 em Lisboa).

Entretanto, a Polícia da República de Moçambique chegou a insinuar – “de forma caricatural”, considera Pedro Esteves – que se tratou de um crime passional, apontando a existência de uma mulher no veículo (ferida, “sem risco para a sua vida). “). “) e uma “discussão decorrente de assuntos conjugais”, que “terá seguimento posterior”. “É óbvio que não é um crime passional, é um homicídio.”, declara o sócio-gerente do Africa Monitor.

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Endless Thinker

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