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Ventura critica Orçamento do “Bloco Central” e promete liderar a oposição, depois da abstenção do PS

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Apesar da “irrevogabilidade” que, entretanto, deixou de sê-lo e voltou a sê-lo, André Ventura garantiu que o Chega nunca conseguirá viabilizar o Orçamento do Estado para 2025 na sua forma atual, depois de o Governo ter privilegiado o PS nas negociações do documento. Este é um Orçamento “tipicamente socialista”, acusou o líder do Chega, destacando que o documento “dá com uma mão e tira com a outra”.

José Fonseca Fernández

Com a viabilização do OE2025, graças à abstenção do PS, fica demonstrado que os socialistas são o “parceiro” do Governo e que “PS e PSD estão a construir uma governação conjunta”. O Chega, prometeu, vai liderar a oposição a partir de agora.

“O que vimos ontem com o secretário-geral do PS a anunciar a viabilidade do OE2025 nada mais é do que o corolário de um processo, que rapidamente identificamos. Tornou-se compreensível para o país que o PS e o PSD estavam a construir uma governação conjunta, um orçamento de bloco central.”, disse André Ventura, em declarações aos jornalistas, em Passos Perdidos, no Parlamento.

Questionando se o PS não terá decidido o seu sentido de voto após o anúncio do Chega sobre o voto contra o documento na generalidade, Ventura lamentou a “acção” do secretário-geral socialista e as concessões feitas pelo Executivo de Luís Montenegro ao PS nas negociações com os socialistas. “Não me surpreende que seja o PS quem assume a responsabilidade pela governação, apoia o Governo e viabiliza a OE.”, assumiu.

O Governo só poderia contar com o Chega se o OE2025 fosse um Orçamento de “transformação” e não um Orçamento como o do Executivo anterior, porque este Orçamento não responde ao que o povo precisa e é um “Orçamento”.Orçamento exatamente igual ao que António Costa ganharia se governasse”. “Do ponto de vista fiscal já sabíamos que era uma OE onde as famílias sentiriam no bolso, que anunciaria uma quebra de rendimentos, mas ao mesmo tempo tiraria dinheiro do consumo, dos transportes, do gasóleo e gasolina”, explicou.

Para Ventura, a vantagem política da posição do PS é “esclarecer” quem vai “apoiar” o Governo e quem vai “liderar” a oposição: “O homem que quis unir a esquerda acaba por viabilizar o orçamento do PSD e do CDS. Pelo menos ficou claro quem apoia o governo, como no caso do gadget, e quem vai liderar esta oposição, como é o caso do Chega”, enrugado.

Relativamente à fase de especialidade, admitiu não compreender bem qual será a posição dos socialistas e acrescentou que o partido irá apresentar propostas de alterações ao documento, porque embora o OE2025 não tenha a sua aprovação, não significa que eu não posso tentar melhorá-lo. “O Orçamento na especialidade será visto ponto a ponto, medida a medida, caso a caso. e assim? O Chega Aqui estará lá para fazer cumprir as medidas que são importantes para o povo, que garantem o equilíbrio do Orçamento, mas também garantem que este Orçamento não será igual ao do PS.”, observou.

Entre as propostas, o Chega deverá tentar corrigir questões no OE2025, desde impostos sobre combustíveis à RTP, entre outras. “Procuraremos ter uma maioria parlamentar capaz de reverter muitas das medidas que o Governo anunciou nos Orçamentos. O que espero que não volte a acontecer é novamente um processo de vitimização. [por parte do Governo]“Primeiro não nos deixaram governar, agora não nos deixam governar como queremos”, alertou, antecipando possíveis coligações negativas.

Para Ventura, o Governo de Luís Montenegro tem agora “todas as condições” para governar e caberá ao PS e ao PSD chegar a entendimentos para a construção das principais medidas. Mas a oposição tem de continuar a fazer o seu trabalho, mesmo que as perspectivas não sejam positivas: “É um mau orçamento nos seus princípios fundamentais. Não é mais possível com patches de orçamento“, previsão.

Fuente

Endless Thinker

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