O Governo já enviou à Comissão Europeia as previsões de médio prazo no domínio das novas regras fiscais a que os 27 estarão sujeitos a partir de 2025. Nestes quadros, que deverão ser tornados públicos esta segunda-feira, o Executivo apresenta o cenário macroeconómico para próximos quatro anos – o período mínimo de ajustamento admitido por Bruxelas para os países com desvios significativos tanto na dívida como no défice – que servirá de base, por sua vez, para chegar ao indicador mais importante para a burocracia comunitária: a evolução da despesa líquida despesas.
O Conselho das Finanças Públicas, obrigado por lei a avaliar se as previsões do Executivo são razoáveis e fundamentadas, queixa-se de não ter recebido dados para avaliar o indicador mais importante da nova regulamentação europeia: o crescimento da despesa líquida do Estado.
O Executivo não forneceu ao órgão de supervisão as previsões de crescimento da despesa para os próximos quatro anos, período mínimo de ajustamento para os países que ultrapassam os níveis de défice e de dívida pública (sendo esta última o caso de Portugal, com um índice muito superior a 60%). do produto interno bruto), nem a chamada trajetória de referência comunicada por Bruxelas aos países no verão, uma estimativa técnica de quanto os gastos podem crescer a cada ano sem pôr em perigo a sustentabilidade das contas públicas.
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Endless Thinker