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Rosário Partidário acredita que o TGV entre os aeroportos do Porto e Lisboa pode impulsionar voos partilhados

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A futura ligação ferroviária direta de alta velocidade entre os aeroportos do Porto e Lisboa poderá melhorar a “partilha de voos”, disse esta sexta-feira à Lusa Rosário Partidário, coordenador da Comissão Técnica Independente do novo aeroporto.

“Vejo isto de uma forma positiva. Trata-se, por exemplo, de partilha de voos. Imagine que alguém vem do Brasil para Lisboa e há um voo que sai do Porto para algum outro lugar da Europa. Em vez de esperar um voo de Lisboa para o Porto , vão de comboio de alta velocidade”, disse Rosário Partidário, depois de questionado pela Lusa.

O professor e investigador em Planeamento, Urbanismo e Ambiente do Instituto Técnico Superior da Universidade de Lisboa falava à margem do seminário O Que Faz Falta: Portugal S, M, L, XL, que decorreu esta sexta-feira na Casa da Arquitetura, em Matosinhos (distrito do Porto).

“Será uma ligação de uma hora e meia. Vejo isso como uma oportunidade e não como um problema”, frisou, reconhecendo que “poderá ser vista como uma saída para os passageiros”, ao “esvaziar o Porto e colocar [os passageiros] em Lisboa, e vice-versa.” No entanto, será “uma questão de gestão que vai depender de quem gere os aeroportos; No momento é Vinci, presumindo que ele continue a administrá-lo.

O especialista defendeu ainda que “a alta velocidade deverá ligar outras zonas do país”, além do “Norte com Lisboa e Espanha”. «Ou, se não for a alta velocidade, deveria haver, de facto, no Plano Ferroviário Nacional, a preocupação de ligar Portugal inteiro à ferrovia», defendeu.

O coordenador do CTI enumerou que “uma das preocupações que existe neste momento” são as ligações do novo aeroporto de Lisboa “com outras zonas do país, no interior do Alentejo, no interior das Beiras, no interior de Trás- os-Montes”. “Não é só uma questão de linha, é uma questão de frequência. É uma questão de desenvolvimento destas áreas”, frisou.

Rosário Partidário questionou ainda a ideia de que o campo de tiro de Alcochete esteja “no sul do país”, porque fica a sul do Tejo (está mesmo alinhado, em latitude, com Lisboa). Para o especialista, a centralidade de uma infraestrutura “é dada, precisamente, pela acessibilidade, pela mobilidade e pela capacidade de ser utilizada e disponível nas diferentes regiões do país”.

O novo aeroporto de Lisboa, denominado Luís de Camões, vai ficar ligado à linha de alta velocidade, que era uma das premissas de todos os membros da Comissão Técnica Independente, revelou hoje também Rosário Partidário.

A primeira fase (Porto-Soure) da linha de alta velocidade em Portugal deverá estar pronta em 2030, e a segunda fase (Soure-Carregado) deverá ser concluída em 2032, com ligação a Lisboa através da Linha do Norte.

A ligação do Porto a Vigo, na Galiza (Espanha), prevista para 2032, terá estações no aeroporto Francisco Sá Carneiro, Braga, Ponte de Lima e Valença (distrito de Viana do Castelo).

No total, segundo o governo anterior, os custos de investimento no eixo Lisboa-Valença rondam os sete ou oito mil milhões de euros. Este valor não tem em conta a ligação Lisboa – Madrid e a terceira passagem sobre o Tejo, já promovida pelo atual Governo.

Fuente

Endless Thinker

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